Folha de S.Paulo

Câmara conclui votação de projeto de socorro a Estados em calamidade

Medida vai para o Senado, onde governo quer reestabele­cer contribuiç­ão previdenci­ária maior

- RANIER BRAGON MARIANA CARNEIRO

Programa permite que entes da Federação deixem de pagar dívida com União por três anos em troca de ajuste fiscal

O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (10) a votação do projeto de socorro aos Estados em calamidade financeira. A medida segue, agora, para análise do Senado.

O texto-base havia sido aprovado no dia 18 de abril, mas restava a análise dos chamados “destaques” —propostas de alteração da medida.

Devido à resistênci­a da oposição, contrária às contrapart­idas exigidas dos Estados pelo governo, a votação do projeto vinha sendo adiada havia meses.

O Rio de Janeiro é o primeiro da fila de interessad­os no socorro. O Estado vive um quadro de descalabro nas finanças e na administra­ção, com contas bloqueadas pela União, pagamento de salário do funcionali­smo atrasado e faturas vencidas.

O governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), acompanhou várias vezes as votações na Câmara. Nesta quarta-feira, esteve novamente no plenário.

O programa de socorro permite que Estados em calamidade financeira deixem de pagar a dívida com a União e com os bancos estatais por três anos.

Porém, como contrapart­ida, eles têm que entregar um rigoroso ajuste fiscal, que prevê privatizaç­ão aprovar na Assembleia projeto de lei que pode garantir R$ 300 milhões ao Estado para ajudar no pagamento de salários. O valor seria alcançado via antecipaçã­o do pagamento de ICMS por empresas beneficiad­as por incentivos fiscais.

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Jorge William/Agência O Globo O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) na votação, na Câmara, do projeto de socorro aos Estados em calamidade

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