Guerra de reportagem entre ‘NYT’ e ‘WP’ põe Trump contra a parede
A “BOMBA” do pedido de Trump para o FBI encerrar investigação abriu as autocongratulações na imprensa americana, via Twitter e TV. Foi a segunda na “guerra de reportagem”: “New York Times” na terça, “Washington Post” na segunda.
Um concorrente anotou que o horário de explosão agora é sempre às 17h. Outro, que o repórter Michael S. Schmidt é o mesmo que revelou e-mails de Hillary Clinton: “Muito respeito”.
O repórter escreveu no “NYT” que a anotação do exdiretor do FBI “é a prova mais clara de que o presidente tentou influenciar investigação”. E que antes Trump sugeriu que ele “devia considerar pôr repórteres na prisão por publicar informação secreta”.
Até então o “WP” estava na frente. A notícia de que o presidente revelou segredos de espionagem havia batido seu recorde de leitores por segundo —do vídeo em que Trump falava vulgarmente de mulheres— em meio a “aplausos na Redação”.
Do outro lado, Matt Drudge, do “Drudge Report”, havia atravessado o dia acusando Jeff Bezos, dono do “WP” e da Amazon, de lidera uma investida “pessoal” contra Trump —que o ameaçou com processo antitruste durante a campanha.
A “bomba” do “NYT” calou Drudge, que só conseguiu então linkar a reportagem, com o aviso de “Começa a vingança de Jim Comey”, demitido do FBI por Trump.