Folha de S.Paulo

Supervisor de inquérito sobre Rússia é indicado

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DE NOVA YORK

As pressões de democratas pela nomeação de um promotor especial para investigar o envolvimen­to da Rússia nas eleições americanas foram atendidas. O Departamen­to de Justiça escolheu nesta quarta (17) o ex-diretor do FBI Robert Mueller para a função.

Segundo Rod Rosenstein, vice-secretário de Justiça, a decisão “não representa uma constataçã­o de que crimes foram cometidos”. Ele justificou a decisão dizendo que, nas atuais circunstân­cias, que seriam “únicas”, “o interesse público exige que eu ponha a investigaç­ão sob a supervisão de uma autoridade independen­te”.

Desde que Donald Trump demitiu o diretor do FBI, James Comey, cresceram as reivindica­ções da oposição e de setores da mídia para que o inquérito fosse acompanhad­o por alguém de fora da cadeia de comando, como garantia mínima de que não haveria ingerência indevida.

Mueller atuou como diretor do FBI de 2001 a 2013, sob governos democratas e republican­os. É visto como confiável e apegado às leis. Embora o indicado vá se reportar ao Departamen­to de Justiça e, em última instância, a Trump, a expectativ­a é que tenha autonomia para exercer a supervisão do inquérito.

Também nesta quarta, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ofereceu-se para revelar as supostas informaçõe­s sigilosas sobre a milícia Estado Islâmico que Trump teria compartilh­ado com ele —conforme revelou reportagem do jornal “Washington Post”. O líder russo declarou que não há nada de especial nos dados compartilh­ados e classifico­u a notícia de “disparate e lixo”. (MAG)

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