Residência de Maia vira ‘bunker da crise’
nuou. Funcionários do Itamaraty disseram à Folha queo ministro Aloysio Nunes já havia escrito sua carta de demissão, o que ele negou.
Também circularam rumores de que o tucano Bruno Araújo (Cidades) estaria de partida, o que não se confirmou após uma conversa do titular com Antônio Imbassahy, ministro da Secretaria de Governo da Presidência e tucano forte na gestão Temer. PPS Em nota assinada pelo seu presidente, Davi Zaia, o PPS disse que decidiu deixar o governo, entregando a pasta da Cultura.
Mas afirmou que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, “que também é filiado ao partido, irá permanecer na função pela relevância de sua área de atuação de segurança do Estado brasileiro neste momento de crise”.
O PTN foi o primeiro a anunciar a saída da base. As duas siglas reúnem 21 deputados (dos 513 na Câmara).
Já as bancadas do PMDB, PR e PTB divulgaram notas reafirmando apoio a Temer. (LUCAS VETTORAZZO, DANIEL CARVALHO, LAIS ALEGRETTI, TALITA FERNANDES E RANIER BRAGON)
DE BRASÍLIA
A residência oficial da Presidência da Câmara tornou-se o quartel-general da crise nesta quinta (18). Com ou sem a presença do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parlamentares não paravam de chegar e partir do local.
Maia pode assumir a Presidência em caso de renúncia ou impeachment de Temer.
Para evitar jornalistas, o deputado não pisou na Câmara. Passou o dia entre sua casa e o Planalto. Acompanhado de parlamentares de diversos partidos, manteve contato com o presidente Michel Temer durante todo o dia, por telefone ou pessoalmente.
Quem passou o dia com Maia disse que ele dava força a Temer, ponderando que era necessário esperar “o todo”, ou seja, as gravações, divulgadas somente à noite.