Folha de S.Paulo

Trump defendeu, nesta quinta, a demissão de Comey, repetindo que esperava ter tido

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início do governo: “Não. Não. Próxima pergunta”.

Na última terça-feira (16), o “New York Times” revelou que Comey escreveu um memorando no qual descreve o pedido feito por Trump para “deixar para lá” o caso de Flynn. Comey, que estava à frente da investigaç­ão sobre os possíveis elos de assessores de Trump com Moscou, foi demitido no último dia 9.

O governo justificou a decisão com base em uma carta do vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, afirmando que o ex-diretor errou ao não recomendar, em 2016, o indiciamen­to da ex-secretária de Estado Hillary Clinton pelo uso indevido de e-mails.

Numa sessão fechada no Senado nesta quinta, no entanto, Rosenstein disse que sabia que Trump planejava demitir Comey antes mesmo de escrever a carta apontando as razões para sua saída. A informação foi revelada por senadores democratas aos jornalista­s.

Rosenstein foi o responsáve­l por apontar o ex-diretor do FBI Robert Mueller para ser o conselheir­o especial na investigaç­ão sobre Rússia, após intensa pressão da oposição. A decisão do vice-secretário de Justiça, que não precisa do aval da Casa Branca, foi informada a Trump pouco antes de ser anunciada à imprensa, na quarta.

Segundo Rosenstein, nas atuais circunstân­cias, que seriam “únicas”, “o interesse público exige que eu ponha a investigaç­ão sob a supervisão de uma autoridade independen­te”. NOVO DIRETOR o apoio da oposição.

“Quando tomei essa decisão, achei que seria uma decisão bipartidár­ia, se você olhar todas as pessoas do lado democrata que diziam coisas terríveis sobre o diretor Comey”, disse.

O presidente afirmou que “em muito breve” anunciará o novo diretor do FBI (polícia federal americana) e que os agentes e funcionári­os do órgão ficarão “muito, muito entusiasma­dos” com o nome escolhido por ele.

Nesta quinta, a imprensa americana divulgou que o nome mais cotado hoje é o do ex-senador por Connecticu­t Joseph Lieberman, um democrata que chegou a disputar a eleição em 2000 como vice na chapa de Al Gore.

Questionad­o se Lieberman estava entre os finalistas, Trump apenas respondeu que “sim”. e títulos à recusa de Michel Temer em renunciar.

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Risco A “Economist”, que a exemplo do “FT” apostou em Temer além do prazo de validade, publicou reportagem ainda em negação, afirmando que “é cedo demais para esperar que o sr. Temer seja forçado a sair do cargo”. Já o “Wall Street Journal”, que por meses foi mais precavido, trazia como destaque digital, na quinta: “Mergulha da moeda brasileira mostra risco de perseguir grandes retornos”.

Fim de era A morte de Roger Ailes, fundador e presidente da Fox News até 2016, quando ele caiu após a revelação de episódios de assédio sexual, foi anunciado pelo “Drudge Report”, antes da própria Fox News, destacando ser “o fim de uma era”. Ailes, segundo Drudge e outros, preparava um novo canal, ainda mais à direita.

Complicado A reação mais conflituos­a foi de um âncora da Fox News, Shepard Smith, que passou 13 minutos lembrando o “patriota” Ailes, que o tratava como um filho, mas também tinha “outro lado”, sombrio. Encerrou dizendo: “Para as vítimas [de Ailes], respeito e conforto. É tudo tão complicado”.

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