‹ Acusações carecem de comprovação, dizem citados
OUTRO LADO
DE BRASÍLIA
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informaram, por meio de nota, que as afirmações de Joesley Batista em relação ao petista “não decorrem de qualquer contato com o expresidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados”.
Eles argumentam que a vida de Lula e dos familiares dele foi “ilegalmente devassada” pela Operação Lava Jato e que, após serem levantados todos os sigilos, nenhum valor ilícito foi encontrado.
A inocência de Lula, segundo eles, “foi confirmada pelo depoimento de mais de uma centena de testemunhas já ouvidas”.
“A referência ao nome de Lula nesse cenário confirma denúncia já feita pela imprensa de que delações premidas somente são aceitas pelo Ministério Público se fizerem referência —ainda que frivolamente— ao nome do ex-presidente.”
A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou nota na qual pede a realização de eleições diretas.
“Na democracia, a regra é clara: o poder emana do povo e em seu nome é exercido. Nenhuma eleição indireta terá a legitimidade para tirar o país do abismo em que foi mergulhado”, disse.
Dilma diz, ainda, que a crise política começou em novembro de 2014 “com a recusa dos golpistas em aceitar o resultado das urnas” e foi agravada pelo “impeachment fraudulento”.
“O Brasil continua sangrando com os retrocessos impostos pelo governo golpista. Agora está sem rumo, diante das graves acusações lançadas nos últimos dias”, escreveu a petista. PSDB A assessoria de imprensa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado do cargo, divulgou nota na qual afirma que ele não cometeu nenhum ato que tenha colocado empecilho aos avanços da Operação Lava Jato.
“Ao contrário, como presidente do partido, o senador foi um dos primeiros a hipotecar apoio à operação.”
“O senador Aécio Neves jamais agiu ou conversou com quem quer que seja no sentido de criar qualquer tipo de empecilho à Operação Lava Jato ou à Polícia Federal, que sempre teve seu trabalho e autonomia apoiados pelo senador em suas agendas legislativas, e também como dirigente partidário.”
O senador tucano José Serra (SP) disse, também em nota, que todas as suas doações foram legais.
“O senador reitera que todas as suas campanhas eleitorais foram conduzidas dentro da lei, com as finanças sob responsabilidade do partido. E sem nunca oferecer nenhuma contrapartida por doações eleitorais.”
Outros citados não foram localizados pela Folha.