Como no caso do presidente Michel Temer, a avaliação
DE SALVADOR
Além do presidente Michel Temer (PMDB), quatro governadores já foram alvos de pedidos de impeachment por causa de acusações feitas nas delações premiadas dos donos e executivos da JBS.
Em uma semana, os governadores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso do Sul tiveram o impeachment pedido às Assembleias Legislativas.
Reinaldo Azambuja (PSDBMS) e Camilo Santana (PT-CE) são acusados de terem recebido propina da JBS para bancar campanhas eleitorais em troca de benefícios fiscais.
A campanha do petista teria recebido R$ 20 milhões da JBS em troca de créditos de ICMS que teriam sido concedidos durante a gestão de seu aliado, o ex-governador cearense Cid Gomes (PDT). Ele nega qualquer relação entre o benefício e as doações.
Já Azambuja, alvo de três pedidos de impeachment, é acusado pelos executivos da JBS de receber R$ 10 milhões em doação oficial em troca de descontos tributários. Em nota, o tucano diz que “todos os incentivos concedidos foram feitos dentro da política de incentivo fiscal estadual”.
Em Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo (PSD) foi alvo de dois pedidos de impeachment nesta semana.
Ele foi acusado pelo diretor da J&F Ricardo Saud de re-
RAIMUNDO COLOMBO Acusação Defesa
(PSD)
Governador é acusado de receber R$ 10 milhões em propina em troca de favorecimento na licitação da Companha de Água e Esgoto de Santa Catarina. Do total, R$ 8 milhões teriam sido repassados em doação oficial e R$ 2 milhões em caixa 2
Governador classificou acusação como “irresponsabilidade absurda” e disse que não há nenhuma prova ceber R$ 10 milhões em propina em troca de favorecimento numa licitação da Companha de Água e Esgoto de Santa Catarina. Do total, R$ 8 milhões teriam sido repassadas em doações oficiais e R$ 2 milhões, em caixa 2.
O governador classificou acusação de “irresponsabilidade absurda” e afirmou que não há nenhuma prova.
No Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori (PMDB) foi alvo de pedido de impeachment feito pelo Cpers, sindicato que representa os professores estaduais.
O governador é acusado de ter recebido R$ 1,5 milhão de propina da JBS para a campanha de 2014 a pedido do senador Aécio Neves (PSDB).
Em entrevista à imprensa local, Sartori disse que a doação da JBS para a campanha “foi declarada e com recibo, dentro da legalidade”. PRESIDENTES ALIADOS