Genro do líder é citado em inquérito sobre elo russo
DE SÃO PAULO
Os agentes do FBI (a polícia federal dos EUA) que investigam o suposto elo de assessores de Donald Trump com autoridades russas agora voltam os olhos para Jared Kushner, genro e um de seus principais assessores.
O jornal “The Washington Post” e a emissora NBC informaram nesta quinta-feira (25), com base em entrevistas com agentes, que os investigadores consideram que ele poderia dar informações relevantes ao inquérito.
Segundo os membros do FBI, Kushner não é investigado, diferentemente do exconselheiro Michael Flynn e de Paul Manafort, coordenador da campanha do republicano à Casa Branca.
O interesse baseia-se em três visitas. Em dezembro, um mês após Trump ser eleito, seu genro esteve uma vez com o embaixador russo em Washington, Sergei Kislyak.
Flynn também estava presente no encontro e, no fim daquele mês, o ex-conselheiro de Trump discutiu sobre o fim das sanções à Rússia. Por distorcer as informações sobre as reuniões a seus chefes, ele pediu demissão.
No mesmo mês, o genro de Trump também recebeu Sergey Gorkov, chefe de um banco russo afetado pela punição econômica americana aos russos devido à anexação da região autônoma ucraniana da Crimeia, em 2014.
Também são alvo de investigação as reuniões de assessores de Trump com representantes russos em abril de 2016, antes que o republicano fosse nomeado pelo partido. Na época, ele prometeu melhorar a relação com Moscou.
Não se sabe, porém, se o genro do presidente já recebeu visita dos investigadores federais. Em entrevista à NBC, o advogado dele, Jamie Gorelick, disse que seu cliente não teria problemas em falar sobre as reuniões.
“Kushner já se voluntariou a compartilhar com o Congresso o que ele sabe sobre estas reuniões. Nós vamos fazer o mesmo se ele receber algum contato relativo a qualquer outro inquérito.”
A porta-voz do Departamento de Justiça dos EUA, Sarah Isgur Flores, declarou não poder confirmar ou desmentir a existência das investigações ou dos assuntos investigados. O FBI não comentou sobre a revelação.
A investigação, que investiga se houve contato entre a campanha de Trump e a Rússia para beneficiar o republicano, é considerada “uma caça às bruxas” por Trump. Porém, ele a usou como justificativa para demitir o ex-diretor do FBI James Comey.
Num documento de 205 páginas, a maioria dos juízes da corte afirmou “não estar plenamente convencida” de que o decreto tenha mais relação “com a segurança nacional do que com a promessa de campanha do presidente Trump de vetar a entrada de muçulmanos no país”. Trata-se de um novo revés para o governo e abre a possibilidade de um confronto na Suprema Corte, que desde abril tem uma maioria de juízes conservadores.
A Corte de Apelações do Quarto Circuito, com sede em Richmond (Virgínia), analisou as intenções do decreto que fecha as portas do país para cidadãos do Irã, da Líbia, da Somália, do Sudão, da Síria e do Iêmen. Os 13 juízes tiveram