VOCÊ SABE, MAS É BOM REFORÇAR
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Nunca dê a senha a terceiros e nem use números previsíveis para a senha (data de aniversário etc.)
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Sempre confira se é mesmo o seu cartão antes de guardá-lo
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Informe imediatamente ao banco a perda, roubo ou extravio de cartão, e peça o cancelamento
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Jamais use celular de terceiros para acessar os serviços do seu banco
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Acompanhe periodicamente os lançamentos em sua conta corrente e se constatar algo irregular, entre em contato com o banco
Melhorar qualquer tecnologia de segurança bancária implica alguma nova dificuldade para o usuário. Tokens, por exemplo, impõem um obstáculo a mais entre o cliente e sua conta, não raro causando irritação.
Para lidar com esse problema, uma nova tecnologia promete ao mesmo tempo maior segurança e conforto ao usuário. A chamada biometria comportamental mapeia padrões de uso do cliente para confirmar sua identidade. Já usada na Ásia e na Europa, está em fase de testes em alguns bancos do Brasil. Deve chegar ao país em 2018.
Segundo Rodrigo Sanchez, gerente de soluções e serviços da Gemalto, que vende essa tecnologia, a ideia é fazer a autenticação do cliente “de forma silenciosa”.
Para isso, a ferramenta avalia, entre outras informações, a intensidade que o usuário toca a tela de um smartphone, a ordem de serviços bancários que ele normalmente acessa e a velocidade com que ele digita.
Para captar essas características, o sistema precisaria de cinco ou sete acessos à conta. A informação é armazenada e usada para confirmar se quem tenta acessar uma conta é, de fato, o cliente a quem ela pertence.
Caso o sistema detecte um padrão de uso diferente do registrado e não identifique se é mesmo o cliente quem tenta acessar a conta, outros passos de verificação, como o token, podem ser usados.
Sanchez afirma que, apesar de a biometria comportamental funcionar melhor nos celulares, por ter mais informações disponíveis para analisar, ela também funciona em computadores. FOCO NO MOBILE Um estudo feito pela consultoria Deloitte para a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostra que aplicativos mobile, mais do que os sites, são hoje o principal canal usado pelos brasileiros para transações digitais. Os canais digitais, juntos, cresceram 27% em 2016 em relação a 2015, segundo o estudo.
O crescimento do uso da tecnologia nos serviços bancários, no entanto, traz consigo a ameaça de crimes digitais. Os golpes estão cada vez mais inusitados: em outubro de 2016, um banco da região Sul sofreu um ataque em que criminosos usaram seu endereço digital, convidando seus clientes a instalar um programa que roubava seus dados —na própria URL do banco.
Um relatório divulgado em fevereiro pelo instituto Ponemon, especializado em segurança digital, estima que os serviços financeiros são o setor que mais sofre ataques digitais. Os prejuízos foram de mais de U$ 16,5 bilhões (R$ 52 bi) em 2016 no mundo todo.
Para combater isso, no ano passado os bancos brasileiros investiram R$ 2 bilhões em segurança digital –de um total de R$ 18,6 bilhões aplicado em tecnologia.
Um valor semelhante pôs o país entre os dez que mais gastavam com tecnologia bancária em 2015, segundo edição anterior do estudo da Deloitte —comparação mais recente não foi divulgada.
“Os bancos se preocupam muito com essas questões”, diz o advogado especialista em direito digital Caio César Carvalho Lima. “O Judiciário geralmente tende a responsabilizar o banco, não o cliente [em caso de fraude]”. OUSADIA No outro lado da história estão oponentes cada vez mais sofisticados. Segundo Paulo Pagliusi, diretor de serviços de riscos cibernéticos da Deloitte, o criminoso digital brasileiro é ousado.
“Ele age sem medo da polícia e não usa a web oculta, a deep web. Faz às claras”, diz. Além disso, diz Pagliusi, são persistentes e muitas vezes focam num alvo específico.
Eles podem ser tanto hacktivistas quanto pessoas ligadas ao crime organizado. Outro risco são os “insiders” — pessoas de dentro do banco, afirma Pagliusi. Por isso, ele recomenda que as empresas tenham um bom plano para quando forem atacadas. “Os maiores bancos estão preparados. O país é um dos líderes de tecnologia bancária”, diz.
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