Folha de S.Paulo

CRACOLÂNDI­A

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Domingo (21)

A polícia de SP, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), realiza operação de combate ao tráfico de drogas na região —50 pessoas são presas e a feira ilícita a céu aberto é desmantela­da. João Doria (PSDB) diz que “a cracolândi­a acabou”, mas usuários continuam comprando drogas nas imediações. Apesar de ter sido articulada entre Estado e município, ação expôs atritos entre as duas administra­ções

Segunda (22)

Gestão Doria cerca a antiga cracolândi­a com guardas municipais, que fazem revistas para impedir que dependente­s voltem a se instalar. Ministério Público anuncia inquérito para investigar falta de acolhiment­o, desvio de função da GCM e ação inadequada da PM ao dispersar usuários. A presencia acolhidos dormindo no chão, sem colchão, em espaço municipal

Folha Terça (23)

Três ficam feridos após prefeitura iniciar demolição de uma pensão ainda ocupada na área. Doria vai embora e deixa que secretário­s deem explicaçõe­s. Comércios são lacrados com muros antes que proprietár­ios retirassem pertences. Centro tem dia de confusão, com usuários espalhados, roubos e lojas fechadas

Quarta (24)

Três dias após ação, Doria não cumpre projeto de assistênci­a negociado com órgãos civis, e nova cracolândi­a surge a 400 m, na pça. Princesa Isabel. Prefeitura pede a tribunal carta branca para internar usuários à força, e, em outro processo, Justiça veta temporaria­mente demolições e remoção de moradores. Secretária de Direitos Humanos pede demissão

Quinta (25)

GCM registra dependente­s espalhados por ao menos 20 pontos da cidade, do Minhocão à Paulista

Sexta (26)

Em processo sob segredo de Justiça, juiz decide que prefeitura precisará de autorizaçã­o judicial e avaliação médica para fazer internaçõe­s compulsóri­as, pelos próximos 30 dias; MP e Defensoria decidem recorrer. Liminar permite que agentes municipais retirem usuários à força para avaliação médica e, depois, de um juiz

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