Segurança abate drone que sobrevoava o Jaburu no dia seguinte a manifestação
No dia seguinte à manifestação contra o presidente Michel Temer, para a qual o peemedebista autorizou o emprego das Forças Armadas no zelo aos prédios públicos, a Presidência da República identificou uma invasão.
Um objeto não identificado foi visto sobrevoando o perímetro de segurança do Palácio do Jaburu, residência oficial utilizada pela família do peemedebista, na última quinta-feira (25).
A segurança presidencial descobriu se tratar de um dro- ne, uma aeronave autopilotada, mas sem sinal de alguém que a operasse.
A suspeita inicial era de que o aparelho aéreo fosse da própria Presidência, para a realização de gravações como as utilizadas para propagandas oficiais.
A desconfiança, no entanto, não foi confirmada e a equipe de segurança foi autorizada a capturar o drone, que teria sido abatido, segundo um assessor presidencial. A gestão peemedebista abriu uma investigação para apurar a origem do objeto.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) confir- mou o sobrevoo do drone, disse que o departamento de segurança “adotou os procedimentos previstos para a situação” e que “não divulga procedimentos técnicos e operacionais”.
Segundo a Folha apurou, há suspeitas de que o objeto seja de uma produtora que fazia registros para um documentário sobre política ou de alguém que tentasse fazer imagens sem autorização do presidente e de sua família.
De acordo com o GSI, não há registros anteriores de sobreevoos de drones não autorizados sobre instalações da Presidência e da vice.
No início de maio, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aprovou novas regras para o uso comercial e recreativo de drones.
Elas proíbem o uso dos equipamentos a menos de 30 metros horizontais de pessoas que não deem autorização expressa e, na prática, tornam inviáveis sobrevoos em espaços públicos urbanos e aglomerações como manifestações de ruas e shows.
Na quarta (24), devido ao protesto em Brasília que deixou 49 feridos e 8 detidos, foram reforçadas as seguranças dos palácios do Planalto e do Jaburu. Com receio de uma crise com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEMRJ), que criticou a utilização das Forças Armadas, o peemedebista revogou no dia seguinte decreto publicado durante o protesto.