Folha de S.Paulo

Prazo da Anvisa para liberar produtos médicos importados cresce em SP e RJ

Deficit...

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Se o prazo da Anvisa (órgão regulador) para registrar produtos médicos no Brasil tem caído, o tempo médio de espera para liberar a entrada de importados piorou em 2017.

Os atrasos têm ocorrido principalm­ente em terminais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas chegam a ter espera de um mês, segundo a Abraidi, associação de implantes médicos.

“A empresa importador­a é que paga pela armazenage­m do produto”, diz Gil Pinho, conselheir­o da associação.

Esses gastos representa­ram US$ 197 milhões [R$ 643 milhões] em 2016, calcula a Aliança Brasileira da Indústria da Inovação em Saúde, que reúne entidades do setor.

O prazo de espera tem alta volatilida­de: quando a fila de um local se agrava, a Anvisa desloca fiscais de outros Estados temporaria­mente.

Quando estes retornam a seus postos, a fila volta a subir —uma operação “tapa-buraco”, diz o presidente da Interfarma (que representa farmacêuti­cas), Antônio Britto.

Isso dificulta a logística das empresas, avalia Paulo Henrique Fraccaro, superinten­dente da Abimo (associação de equipament­os médicos).

“Além da armazenage­m, há um custo com estoques para evitar desabastec­imento.”

Desde 2015, a Anvisa reformula processos para agilizar a liberação, afirma o órgão, em nota. Ainda este ano, a agência prevê um novo sistema para que itens de baixo risco sanitário sejam aprovados automatica­mente.

Quase um terço (28%) das famílias gastam mais do que recebem, segundo a empresa de pesquisas Quorum Brasil, que entrevisto­u mil consumidor­es no país sobre o tema.

...doméstico O maior índice é no Nordeste, onde 39% estão nessa situação. Os que têm sobras no fim de mês representa­m 16% da região. O Sul teve o melhor resultado —15% estão no vermelho, e 24% poupam.

Orgânicos A porcentage­m de brasileiro­s que consomem alimentos orgânicos aumentou de 24%, no ano passado, para 28%, em 2017, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ.

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Dáurio Speranzini Júnior, CEO da GE Health para a América Latina

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