Sem licença principal da Uefa, brasileiro foi impedido de comandar equipe portuguesa
DE SÃO PAULO
Com apenas a Licença A de treinadores da CBF, o brasileiro Paulo César Gusmão, 55, foi impedido no ano passado de comandar o Marítimo do banco de reservas na primeira rodada do Português.
Com a interferência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que enviou documentos que comprovavam a experiência do técnico na função, Gusmão comandou o time nas outras partidas, mas na súmula não era considerado o treinador oficial.
A equipe portuguesa foi obrigada a contratar outro profissional que tinha a Licença Pro da Uefa, que assinava o documento da partida e participava das entrevistas oficiais antes e pós-jogo.
“Foi uma situação muito estranha. Ainda bem que tiveram o bom senso e liberaram para eu trabalhar com a licença A da CBF”, disse o Gusmão, que fez apenas cinco jogos no clube —com uma vitória e quatro derrotas.
“[A falta da licença] não foi o motivo principal da minha saída, mas pesou muito. A imprensa sempre falava da minha formação e a cobrança era muito grande”, disse Gusmão, que conclui a Licença Pro da CBF em dezembro. QATAR Em 2014, o brasileiro Alexandre Gama, 49, quase foi impedido de trabalhar no Qatar por também não possuir a Licença Pro da Uefa.
Ele ganhou a qualificação de licença A da Confederação Asiática de Futebol por ter trabalhado como auxiliar por dois anos na seleção da Coreia do Sul. (LC)