Uma bienal pulverizada
Mais uma bienal engrossa o saturado calendário deste ano. A Bienalsur, que articula uma série de mostras em São Paulo, Rio, Madri, Santiago, Lima e Bogotá, entre outras capitais, quer se firmar como evento descentralizado, mas terá em Buenos Aires, em setembro, sua maior seleção.
Hans Ulrich Obrist faz por lá uma mostra com Christian Boltanski, Yoko Ono e Félix González-Torres. Também estarão na cidade exposições com Ernesto Neto, Cildo Meireles, Hélio Oiticica e a guatemalteca Regina José Galindo.
Flash Michael Wesely, o fotógrafo alemão conhecido por suas imagens de longuíssima exposição, está em São Paulo desmontando as câmeras que ficaram voltadas para o canteiro de obras do futuro Instituto Moreira Salles, na avenida Paulista, desde 2014, quando a torre começou a ser erguida.
Flash 2 Juntas, as fotografias que levaram três anos para ficar prontas vão sintetizar o surgimento do prédio no skyline paulistano e poderão ser vistas no novo IMS, em agosto.
Umbigo O Masp, também fotografado por Wesely, criou uma comissão para debater os rumos do museu, que vem se reestruturando há três anos.
Umbigo 2 Integram o time tanto pessoas do conselho da instituição quanto convidados.
No ar Igor Vidor e Jaime Lauriano, artistas agora na mostra da coleção do Itaú Cultural na Oca, tinham individuais planejadas para a Casa França-Brasil, no Rio. Mas a troca de comando na direção do espaço —saiu o curador Marcelo Campos e entrou o teatrólogo Jesus Chediak— ameaça os projetos.
Renda golpista Lourival Cuquinha, que gritou “fora, Temer” na abertura da Oca, iniciou uma campanha on-line pedindo a artistas que doem parte do que ganharem vendendo obras a “corporações golpistas” para “movimentos antigolpe”. Maria Leontina Famosa por composições de um geometrismo sutil, longe do rigor concretista, a artista que faria cem anos em julho terá uma mostra a partir de 1º de junho na Bergamin & Gomide.