Folha de S.Paulo

MEIA VOLTA

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Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) acreditam que o sucessor de Rodrigo Janot pode apresentar ação contra Joesley Batista, da JBS, enterrando o acordo que o atual procurador-geral da República fez com o empresário, a quem concedeu perdão judicial.

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Se isso ocorrer, ficaria mais fácil rediscutir os benefícios dados por Janot a Batista, e endossados pelo ministro Edson Fachin, do STF.

PALAVRA FINAL

A questão não é consensual. Há ministros que acreditam que, ainda que Janot não apresente denúncia contra o empresário, o STF pode barrar os benefícios, recusandos­e a homologar o acordo. Por esse entendimen­to, Fachin teria endossado apenas aspectos formais da delação, e não todos os termos da negociação, que ainda teriam que passar pelo plenário da corte.

RISCO

E há ainda os que acreditam que os termos não podem ser revistos, sob pena de colocar em risco futuras delações —posição defendida publicamen­te pelo ministro Luís Roberto Barroso em entrevista à Folha, no sábado (27).

SEM FRIBOI

Um dos principais hotéis de Campos do Jordão (SP) decidiu boicotar produtos da JBS após a delação do grupo. “Pra que vou ajudar a enriquecer uma empresa como essa, que aprontou tanto, que comprou 1.829 políticos?”, diz Aref Farkouh, sócio do hotel Toriba, que agora vai priorizar fornecedor­es locais. “Se todo consumidor fizer o mesmo, força a empresa a mudar de atitude.”

VIRADO À PAULISTA

O evento com artistas e movimentos de esquerda no Rio que pediu diretas já e a saída do presidente Michel Temer terá um similar em SP. O movimento, que reúne blocos como Acadêmicos do Baixo Augusta e Tarado ni Você, cantores como Mano Brown, Criolo, Tulipa Ruiz, Emicida e Maria Gadú e o grupo Mídia Ninja, fará o ato no domingo (4), na avenida Paulista, às 11h.

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