O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), negou pedido do
presidente Michel Temer para suspender depoimento à Polícia Federal.
Além disso, Fachin liberou a PF para fazer perguntas sobre o áudio gravado com Temer, às escondidas, por Joesley Batista, dono da JBS, e disse que, se quiser, Temer não precisa respondê-las, podendo ficar em silêncio.
“Ainda que não haja nos autos laudo pericial oficial atestando a higidez da gravação apresentada, poderá o requerente —seria desnecessá- rio qualquer pronunciamento judicial nesse sentido— recusar-se a responder eventuais indagações que digam respeito ao diálogo em comento, sem que isso possa ser interpretado como responsabilidade penal”, escreveu o ministro na decisão.
Nesta quarta-feira (31), a defesa de Temer pediu a suspensão de seu depoimento até a conclusão da perícia da Polícia Federal no áudio gravado por Joesley.
Para o caso de o pedido não ser atendido, os advogados solicitaram que Fachin orientasse a PF a se abster de formular perguntas sobre o conteúdo da gravação.
O áudio a que a defesa do presidente se refere foi gravado por Joesley em encontro com Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu. A gravação foi utilizada pelo empresário para negociar acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República.
Como ainda não passou por perícia oficial, o áudio tem sido alvo de questionamentos da defesa de Temer, que chegou a contratar um perito que contestou seu valor como prova judicial.
O ministro Fachin autorizou na terça (30) a Polícia Federal a tomar depoimento de Temer por escrito.
A defesa trata a gravação como a principal prova que os investigadores têm contra Temer.
No diálogo, o presidente orienta Joesley a procurar o