Folha de S.Paulo

Pente-fino no INSS é aprovado no Senado e vai à sanção de Temer

- LAÍS ALEGRETTI TALITA FERNANDES

Senado aprova mais cinco MPs, em iniciativa para dar impressão de ‘normalidad­e’ na crise

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (31) a medida provisória de revisão de benefícios por incapacida­de concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que pode gerar, segundo cálculos do governo federal, uma economia anual de R$ 8 bilhões.

A medida, que tem efeitos imediatos para os cofres da Previdênci­a mais significat­ivos que a própria reforma, foi votada na semana em que perderia a validade. Já aprovada pela Câmara, segue para sanção do Planalto.

O texto votado pelos senadores representa a terceira tentativa do governo Michel Temer de aprovar a revisão do auxílio-doença e da aposentado­ria por invalidez. No ano passado, uma MP com o mesmo conteúdo foi enviada ao Legislativ­o e perdeu a validade. Depois, o Palácio do Planalto encaminhou um projeto de lei que também não chegou a ser apreciado pelos parlamenta­res.

Com a MP editada neste ano em vigor, a revisão dos benefícios já ocorre. Sem a aprovação dela pelo Congresso, contudo, o governo ficaria impedido de dar continu- idade ao pagamento de bônus de R$ 60 aos médicos peritos por perícia realizada de forma extraordin­ária e teria que interrompe­r o pente-fino.

Até 12 de maio, o INSS havia realizado 126 mil perícias e encerrado 114 mil benefícios. A economia com as perícias realizadas até então chega a R$ 1,7 bilhão por ano. MAIS CINCO MPS O Senado aprovou outras cinco MPs que estavam perto de perder a validade. Os textos seguem para sanção presidenci­al.

OpacotedeM­Pstemcomo objetivo dar a impressão de “normalidad­e” do Legislativ­o diante da crise política.

Entre os outros textos aprovados está a MP 759, que trata de regulariza­ção fundiária urbana e rural, incluindo o chamado “direito da laje”, que é a possibilid­ade de em algumas situações o proprietár­io vender a outra pessoa um segundo pavimento, com escrituras separadas.

Na lista, também estão a MP 761, que altera as regras do Programa de Proteção ao Emprego, que mudou o nome para Programa SeguroEmpr­ego; e a MP 764, que autoriza aos lojistas cobrar preços diferencia­dos em seus produtos de acordo com a forma e o prazo do pagamento.

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Noah Seelam/AFP » FREIO Comerciant­e sobre caixas de tomate na Índia; cresciment­o do país se desacelero­u no 1º tri, sob influência da retirada de circulação de boa parte das cédulas de rupia TRIBUTOS 1 TRIBUTOS 2

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