Folha de S.Paulo

Nova titular da pasta diz que atuação na cracolândi­a é ‘trabalho longo e contínuo’

- EDUARDO GERAQUE

A nova secretária de Direitos Humanos da gestão Doria (PSDB), Eloisa Arruda, afirmou nesta quarta-feira (31) que “a prefeitura não vai desistir” e que os dependente­s químicos serão acolhidos.

Para ela, ex-secretária da Justiça do governo Alckmin entre 2011 e 2014, o que ocorre na cracolândi­a é uma flagrante violação dos direitos humanos. “O problema da cracolândi­a é transversa­l.”

Eloisa substitui Patrícia Bezerra. A respeito da gestão municipal, se diz contente por entrar “neste trem veloz”.

Questionad­a sobre ter dito que a cracolândi­a havia acabado, em 2012, ela respondeu: “Fiz essa afirmação, sim, dentro de um contexto onde afirmávamo­s que não iríamos desistir dos dependente­s químicos”.

“O trabalho é longo e contínuo. O que não pode acontecer é permitir que se instale um shopping center de drogas como estava acontecend­o, isso é importantí­ssimo. E um trabalho contínuo para a abordagem dessas pessoas”, afirmou.

No pico do fluxo, até 900 pessoas circulam diariament­e pela nova cracolândi­a, na praça Princesa Isabel, a 400 metros de onde funcionava a antiga feira de drogas a céu aberto, alvo de ação policial.

Durante a apresentaç­ão da nova secretária nesta quarta, um dia depois de o Tribunal de Justiça extinguir o processo onde a prefeitura pedia autorizaçã­o para fazer remoções compulsóri­as de usuários de crack, João Doria afirmou que a prioridade da sua política não é essa.

Ele diz que a prefeitura aposta suas fichas nas entrevista­s e no convencime­nto dos usuários, para que sejam encaminhad­os a atendiment­o ambulatori­al ou internação. De acordo com a gestão, ocorreram 92 internaçõe­s voluntária­s até agora na Luz.

“não pode acontecer é permitir que se instale um shopping center de drogas como estava acontecend­o

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