Nova titular da pasta diz que atuação na cracolândia é ‘trabalho longo e contínuo’
A nova secretária de Direitos Humanos da gestão Doria (PSDB), Eloisa Arruda, afirmou nesta quarta-feira (31) que “a prefeitura não vai desistir” e que os dependentes químicos serão acolhidos.
Para ela, ex-secretária da Justiça do governo Alckmin entre 2011 e 2014, o que ocorre na cracolândia é uma flagrante violação dos direitos humanos. “O problema da cracolândia é transversal.”
Eloisa substitui Patrícia Bezerra. A respeito da gestão municipal, se diz contente por entrar “neste trem veloz”.
Questionada sobre ter dito que a cracolândia havia acabado, em 2012, ela respondeu: “Fiz essa afirmação, sim, dentro de um contexto onde afirmávamos que não iríamos desistir dos dependentes químicos”.
“O trabalho é longo e contínuo. O que não pode acontecer é permitir que se instale um shopping center de drogas como estava acontecendo, isso é importantíssimo. E um trabalho contínuo para a abordagem dessas pessoas”, afirmou.
No pico do fluxo, até 900 pessoas circulam diariamente pela nova cracolândia, na praça Princesa Isabel, a 400 metros de onde funcionava a antiga feira de drogas a céu aberto, alvo de ação policial.
Durante a apresentação da nova secretária nesta quarta, um dia depois de o Tribunal de Justiça extinguir o processo onde a prefeitura pedia autorização para fazer remoções compulsórias de usuários de crack, João Doria afirmou que a prioridade da sua política não é essa.
Ele diz que a prefeitura aposta suas fichas nas entrevistas e no convencimento dos usuários, para que sejam encaminhados a atendimento ambulatorial ou internação. De acordo com a gestão, ocorreram 92 internações voluntárias até agora na Luz.
“não pode acontecer é permitir que se instale um shopping center de drogas como estava acontecendo