Jogo coletivo dos Warriors volta a desafiar LeBron
DE SÃO PAULO
Tanto Cleveland como Golden State possuem artilharia pesada. Chegam à final com os sistemas mais eficientes dos playoffs. Os Cavaliers fizeram média de 120,7 pontos a cada 100 posses de bola, enquanto os Warriors anotam 115,8.
Comparando, o ataque mais poderoso que a liga já viu —o “showtime” dos Lakers de Magic Johnsonpela na campanha 198687— teve índice de 115,6.
No entanto, o modo como os finalistas deste ano buscam a cesta não poderia ser mais diferente.
Os Warriors apresentam proposta solidária: 70,2% de suas cestas são assistidas. Consequência de um plano de jogo que valoriza frenética movimentação.
Por outro lado, tudo o que os Cavs praticam gira em torno de LeBron James e seu pacote inigualável de força, explosão atlética, recursos técnicos e visão de quadra, cercado por arremessadores perigosos.
O astro controla a bola, enquanto seus companheiros abrem espaço.
É comum classificar o chute de longa distância como a grande arma dos Warriors. Nestes playoffs, os Cavs os superaram, com aproveitamento de 43,5%.
Com exceção do arrojado Kyrie Irving, porém, falta a Cleveland jogadores criativos. A defesa dos Warriors, muito mais agressiva que a de seu rival, vai perseguir James.
Para os Cavs, as questões defensivas são contundentes. O time terminou a temporada com a oitava pior defesa. Nunca um time com rendimento tão baixo foi campeão.
De todo modo, após início ainda dormente pelos playoffs contra Indiana, Cleveland despertou e agora tem a terceira melhor defesa. Contra os Warriors, deslizes básicos tendem a ser castigados. (GG)