Amor permeia nova temporada da SPCD
Os três programas tratam dos prazeres e das dores das relações, com espetáculos que vão de hoje até o fim do mês
Teatro Sérgio Cardoso sedia série de shows de dança, como ‘Primavera Fria’, de Clébio de Oliveira FOLHA
“Pássaro de Fogo”, tema da temporada 2017 da São Paulo Companhia de Dança, é uma espécie de metáfora (ou esperança) para o Brasil de hoje, segundo Inês Bogéa, diretora da companhia.
“A fênix, pássaro de fogo, é capaz de se reconstruir a partir de momentos muitos difíceis. Este tema de alguma forma dialoga com nosso país”, diz Bogéa.
Permeando o tema, os três programas da temporada, que vai de 1º/6 a 25/6, tratam dos prazeres e das dores do amor —uma outra forma de incendiar-se e renascer das próprias cinzas.
Na primeira semana (1º/6 a 4/6), serão apresentadas obras de quatro coreógrafos brasileiros, incluindo uma remontagem de um clássico (“Suíte de Raymonda”, por Guivalde de Almeida) e uma estreia (“Primavera Fria”, de Clébio de Oliveira).
A fênix “em pessoa”, que dá o nome à temporada, sobe ao palco na segunda semana (8/6 a 11/6). “Pássaro de Fogo”, do alemão Marco Goecke, foi remontada por Giovanni Di Palma. Goecke criou a coreografia para um duo de bailarinos em 2010, em comemoração aos cem anos da estreia do balé “The Firebird”, de Michel Fokine, para a composição de Stravinsky.
Goecke é um dos grandes nomes da dança contemporânea que estão no programa da semana. Junto ao “Pássaro de Fogo”, serão apresentadas duas obras do tcheco Jirí Kylián, “Indigo Rose” e “14’20”” (estreia da SPCD) e “Suíte para Dois Pianos”, do alemão Uwe Scholz (1958-2004).
Ao fim da temporada, o grande balé romântico “La Shylphide” será apresentado por duas semanas, de 16/6 a 25/6.