Folha de S.Paulo

‘Messias’ do jazz, Art Blakey foi padrinho de talentos do gênero

Baterista americano está no volume número 13 da Coleção Folha

- THALES DE MENEZES

O baterista americano Art Blakey (1919-1990) comandou por 35 anos o grupo The Jazz Messengers, um dos mais duradouros da história desse gênero. Ele foi praticamen­te um “ativista” do jazz, divulgando sua música em apresentaç­ão entusiasma­das, como se estive em missão religiosa.

Esse lado messiânico de Blakey é destacado no volume número 13 da Coleção Folha Lendas do Jazz, que chega às bancas no próximo dia 11. Mas é necessário lembrar todas as facetas do artista.

Como baterista, Blakey foi um performer furioso. As sete faixas gravadas ao vivo presentes no CD que acompanha o volume da coleção são provas irrefutáve­is. A versão de Blakey para “Justice”, de Thelonious Monk, é delirante.

Entre os anos 1940 e 1950, ele trabalhou com a nata musical do bebop, como Monk, Dizzy Gillespie e Charlie Parker. Mas foi a partir de 1955, com a criação do Jazz Messengers, talvez o melhor grupo do estilo moderno hard bop, que brilhou seu talento para incentivar novatos e aglutinar talentos em projetos.

A lista extensa de integrante­s do Jazz Messengers inclui luminares do gênero. Para citar apenas alguns: os trompetist­as Freddie Hubbard e Wynton Marsalis, os saxofonist­as Wayne Shorter e Lee Morgan, e os pianistas Keith Jarrett e Horace Silver. Um “dream team” mutante.

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Natalia Kikuchi/Divulgação A Orquestra do Festival em apresentaç­ão em Campos do Jordão durante a edição passada
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