Jucá reage à ameaça de desembarque do PSDB
Tucanos ensaiam saída do governo Temer
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDBRR), reagiu nesta quinta (8) à movimentação de desembarque dos tucanos da base do presidente Michel Temer e afirmou que “política é feita de reciprocidade”. “Se o PSDB deixar hoje a base vai ficar muito difícil de o PMDB apoiá-los nas eleições de 2018”, disse Jucá à Folha.
O PSDB decide na próxima segunda (12) se permanece na base. O partido aguarda a conclusão do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tomar a decisão.
Apesar da expectativa de que a Corte eleitoral não impugnará o mandato do peemedebista, tucanos estudam ainda assim o desembarque.
A possibilidade de rompimento causou atrito entre aliados. Jucá se reuniu nesta quinta com o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). Um novo encontro está marcado para o início da próxima semana.
Em reuniões das bancadas do PSDB da Câmara e do Senado, na quarta (7), cresceu o sentimento de que é preciso romper com Temer. Os parlamentares avaliam que fatos ruins contra Temer não deixarão de aparecer e que isso provocará um desgaste maior ao partido para as eleições de 2018 do que se decidir hoje por romper com o PMDB.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), disse que a maior parte dos parlamentares tucanos avalia que Temer não conseguirá terminar o mandato.
“Conversei com os senadores e a maioria deles defende a saída do governo e a entrega dos ministérios, mantendo o apoio à agenda. Há uma unanimidade, ou são quase todos, que acham que Temer não consegue terminar o governo”, disse.