Febre dos spinners chega ao país e forma até fila de espera
DO UOL
Febre entre crianças e adultos nos Estados Unidos e na Europa, os disquinhos giratórios conhecidos como fidget spinners e hand spinners chegaram ao Brasil com força nas últimas semanas, levando consumidores até a formar fila de espera para comprar o brinquedo.
Basta um passeio pela avenida Paulista para ver o brinquedo em praticamente todas as bancas de jornal da região, com preços que ficam na média de R$ 25.
Supostos benefícios terapêuticos ajudam no marketing do produto.
“Um fidget spinner é um brinquedo para alívio de estresse”, explica Victor Jacques, dono da rede de lojas ToyShow, que lançou o item há duas semanas e já vendeu mais de 10 mil unidades.
“Ele tem sido anunciado como algo que ajuda as pessoas que têm dificuldade para se concentrar, como quem sofre de transtorno de deficit de atenção, ansiedade e até autismo, agindo como um mecanismo de liberação de energia.”
Há quem conteste esse lado terapêutico do spinner, mas isso não muda o fato de que ele caiu nas graças de crianças na Europa e nos EUA.
Nas últimas semanas, cerca de 15 dos 20 brinquedos mais vendidos pela loja on-line Amazon nos EUA são do mesmo tipo: spinners.
O brinquedo já protagonizou todo tipo de polêmica, como banimentos de escolas e até problemas com crianças pequenas que engoliram peças e precisaram de atendimento médico. CHINÊS E SEM PATENTE A maioria dos brinquedos vem de fábricas na China —o produto não tem patente—, de vários tipos e preços.
“Há spinners de R$ 30 a R$ 400 e R$ 500. Tem de metal, de plástico, resina, até uns feitos de biscoito”, diz Jacques.
A onda dos spinners já chamou a atenção também do universo da cultura pop em geral. Diversos canais no YouTube, por exemplo, têm conseguido milhões e milhões de visualizações com vídeos exibindo spinners girando.
A atriz Millie Bobby Brown (a Eleven, de “Stranger Things”) se rendeu à moda e publicou um vídeo no Instagram equilibrando diversos spinners ao mesmo tempo.