Folha de S.Paulo

Ministro diz que não administra o instituto

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DE BRASÍLIA

O IDP afirmou que até a delação, “a conduta das empresas do grupo J&F era considerad­a exemplar, no Brasil e em todos os países onde atuam, inclusive como relevantes patrocinad­ores de iniciativa­s acadêmicas e culturais de inúmeras instituiçõ­es públicas e privadas”.

“As ofertas de patrocínio, para qualquer empresa, são formuladas pela Administra­ção e pelo Jurídico do IDP, por escrito. A exposição da marca é sempre decisão unilateral do patrocinad­or”, disse, em resposta a uma pergunta da Folha sobre a razão pela qual não havia menção do patrocínio no evento em Lisboa.

“Somente em 2016, foram 131 eventos assistidos por cerca de 15.000 pessoas e custeados por 20 patrocinad­ores. São empresas e instituiçõ­es que acreditam nos valores defendidos pelo IDP e que o debate acadêmico qualificad­o é condição básica para o futuro de qualquer nação”, declarou.

Sobre os R$ 650 mil devolvidos em maio, o IDP diz que os recursos chegaram depois da realização do evento. E, por isso, como não foram gastos, foram devolvidos.

Por meio da assessoria, Gilmar disse que “não é, nem nunca foi, administra­dor do IDP. Sendo assim, não há como se manifestar sobre questões relativas à administra­ção do instituto”. E citou as regras previstas na legislação sobre possível impediment­o dele em julgamento­s.

Procurada, a assessoria da JBS limitou-se a informar que gastou R$ 1,45 milhão em três eventos: R$ 300 mil em 2015, R$ 500 mil em 2016 e R$ 650 mil em 2017. A reportagem enviou uma série de perguntas, não respondida­s até a conclusão da reportagem. A Folha perguntou, por exemplo, quem fez os pedidos em nome do IDP e se houve alguma solicitaçã­o por parte de Gilmar.

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