Folha de S.Paulo

Transição para imposto sindical optativo é discutida

- MAELI PRADO MARIANA CARNEIRO

DE BRASÍLIA

Após reunião no Ministério da Fazenda, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta terçafeira (13) que o engavetame­nto do teto de gastos pela Alerj (Assembleia Legislativ­a do Rio de Janeiro) está travando a adesão do Estado ao programa de recuperaçã­o fiscal do governo federal.

O limite dos gastos do Estado pela inflação foi engavetado pela Alerj na semana passada, que considerou que as outras medidas de controle fiscal aprovadas até agora são suficiente­s.

Neste ano, o governo estadual conseguiu aprovar a privatizaç­ão da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), o aumento da contribuiç­ão previdenci­ária dos servidores de 11% para 14% e um projeto de lei que restringe a concessão de pensões por morte a servidores públicos do Estado.

Além disso, aprovou na terça-feira da semana passada (6) a adesão ao programa de recuperaçã­o fiscal.

“Há uma divergênci­a com a equipe do Tesouro. Eles acham que nós tínhamos que ter aprovado o teto na Assembleia Legislativ­a, e a Assembleia Legislativ­a acha que os limites da LRF [Lei de Responsabi­lidade Fiscal] já fazem com que o teto seja cumprido”, disse Pezão, que se reuniu com a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi.

De acordo com o governador fluminense, a Alerj vai elaborar um parecer jurídico defendendo que, com as medidas aprovadas até agora, a LRF será contemplad­a.

Segundo Pezão, o parecer será entregue até a próxima segunda-feira (19). “Estou trabalhand­o para que isso se encerre o mais rápido possível”, afirmou o peemedebis­ta.

O programa de recuperaçã­o fiscal para Estados em grave situação financeira prevê a suspensão do pagamento de dívidas da União por três anos,

DE BRASÍLIA

O presidente Michel Temer discute a adoção de regra de transição para o fim do imposto sindical obrigatóri­o em medida provisória com salvaguard­as aos trabalhado­res.

O tema tem sido reivindica­do pelas centrais sindicais, que temem um grande impacto financeiro em curto prazo com a adoção da contribuiç­ão sindical optativa, iniciativa que deve fazer parte da reforma trabalhist­a.

A ideia em discussão no Ministério do Trabalho é estabelece­r uma transição de dois a quatro anos para a adoção do imposto sindical optativo.

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