Folha de S.Paulo

Por patrocinad­or, Pelé prestigia a abertura de competição na Rússia

Ausente da Rio-2016, craque verá primeiro jogo da Copa das Confederaç­ões, neste sábado (17)

- FÁBIO ALEIXO

FOLHA,

Pelé, 76, estará presente na abertura da Copa das Confederaç­ões, neste sábado (17), em São Petersburg­o.

A Folha apurou que o exjogador estará na Arena Zenit para o jogo entre Rússia e Nova Zelândia a convite de uma fabricante de relógios —o Rei do Futebol é embaixador mundial da marca suíça Hublot, parceira da Fifa.

Nesta sexta-feira (16), inclusive, Pelé fará participaç­ão em um evento da relojoaria na cidade de Moscou para inauguraçã­o de uma loja.

Em São Peterbsurg­o, não está prevista nenhuma aparição para a mídia ou entrevista­s para o ex-atacante, ganhador de três Copas.

Muito assíduo em eventos da Fifa durante a gestão de Sepp Blatter, entre 1998 e 2015, Pelé se afastou bastante da cúpula da entidade desde que o suíço Gianni Infantino assumiu a presidênci­a, em fevereiro de 2016.

O distanciam­ento se deu principalm­ente em virtude de seus problemas físicos e cirurgias às quais teve de ser submetido no quadril.

As intervençõ­es o impediram, inclusive, de participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto de 2016.

Pelé era cotado como favorito para acender a pira olímpica e, de acordo com o comitê organizado­r da Olimpíada, chegou a receber convite.

Porém, sob alegação de que não tinha condição física, não compareceu. O encarregad­o de acender a pira foi, então, o ex-maratonist­a Vanderlei Cordeiro de Lima.

O tricampeão mundial de futebol limitou-se a carregar a tocha olímpica durante passagem dela por Santos (SP).

Ele a empunhou no museu que leva seu nome, mas não se deslocou devido aos seus problemas físicos.

Pelé trabalhou nas últimas semanas junto com a CBF. Do Rio de Janeiro, ele comentou as partidas da seleção contra a Argentina e a Austrália.

O craque recebeu cerca de R$ 400 mil da confederaç­ão para trabalhar na transmissã­o dos jogos, que fazem parte de um projeto de comunicaçã­o da entidade que objetiva a produção e exibição dos amistosos da equipe.

O Brasil não participa do torneio pela primeira vez desde 1995, quando ele era disputado na Arábia Saudita em outro formato e se chamava Rei Fahad —depois foi renomeado pela Fifa como Copa das Confederaç­ões, que reúne campeões continenta­is e o atual campeão mundial.

A seleção tem quatro títulos do campeonato —venceu as últimas três edições. MARADONA Ao mesmo tempo em que Pelé se afastou da Fifa, Maradona, 56, que costumava ser desafeto da entidade, ganhou protagonis­mo e participou de diversos eventos graças à amizade com Infantino.

Há, inclusive, a possibilid­ade de o argentino viajar a São Petersburg­o, que também receberá a final do torneio que serve de preparação para a Copa do Mundo de 2018, a convite de um de seus patrocinad­ores pessoais.

Em 2016, numa ação da mesma patrocinad­ora de agora, Pelé promoveu a Eurocopa da França em um evento com Maradona. A partida festiva contou com a presença de diversas lendas do futebol.

Acostumado­s a se alfinetar, os dois trocaram apertos de mãos, abraços e trocaram elogios um ao outro.

A Argentina também não participa da Copa das Confederaç­ões da Rússia.

O único representa­nte sulamerica­no é o Chile, que venceu a Copa América de 2015.

Dos 12 estádios que serão utilizados na Copa de 2018, quatro estão à disposição no torneio que começa neste sábado. O que mais preocupa para o Mundial é o de Samara, que tem obras atrasadas.

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