Defesa da Rússia diz que poderia ter matado líder do EI
Forças atacaram líderes da facção na Síria; nem Kremlin nem Casa Branca, porém, confirmaram se Abu Bakr al-Baghdadi morreu
O ministro da Defesa da Rússia afirmou nesta sextafeira (16) que um bombardeio,em28demaio,podeter matado Abu Bakr al-Baghdadi, líder da organização terrorista Estado Islâmico (EI).
O bombardeio tinha como objetivo atacar uma reunião dos líderes do EI, em Raqqa, autoproclamada capital da milícia Síria. Ainda está sen- do verificado se Baghdadi foi morto no ataque.
A coalizão liderada pelos EUA, que dá apoio a uma campanha de grupos árabes e curdos para expulsar o EI de Raqqa, disse que não poderia confirmar no momento as informações.
De acordo com o ministério russo, o contingente militar russo na Síria recebeu no fim de maio informações sobre uma reunião dos dirigen- tes da organização EI na periferia de cidade.
“No dia 28 de maio, após drones serem usados para confirmar a informação no local e horário da reunião de líderes do Estado Islâmico, entre 0h35 e 0h45, forças aéreas russas lançaram um ataque no ponto onde os líderes estavam localizados”, afirmou o órgão num comunicado.
“De acordo com informações que agora estão sendo checadas por meio de diversos canais, também estava presente na reunião o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, que foi eliminado como resultado do ataque.” O encontro teria ocorrido para organizar comboios para a saída de combatentes de Raqqa por meio do corredor sul.
De acordo com a agência de notícias russa RIA, o chanceler Sergei Lavrov disse que o país não tem 100% de certeza de que Baghdadi morreu no bombardeio.
A Rússia iniciou em setembro de 2015 uma campanha de bombardeios na Síria para respaldar seu aliado, o presidente Bashar al-Assad. Em dezembro de 2016, as forças dogovernoeosrebeldesassinaram uma trégua, mas esta não se aplica aos jihadistas do Estado Islâmico.
O Pentágono anunciou também nesta sexta-feira, em um comunicado, que as forças da coalizão internacional realizaram 35 ataques contra o EI, 20 dos quais perto de Raqqa, que destruíram os “quartéis-generais do EI”.
Os combatentes do EI enfrentam na cidade de Raqqa, seu maior reduto na Síria, a ofensiva de uma aliança curdo-árabe apoiada pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.