Folha de S.Paulo

Rússia joga em busca de prestígio e autoafirma­ção antes da Copa

- COLABORAÇíO PARA A DE SÃO PETERSBURG­O

FOLHA,

Se para muitas das seleções a Copa das Confederaç­ões é só um aqueciment­o para o Mundial do ano que vem, para a anfitriã Rússia ela é uma prova de fogo em busca de prestígio e afirmação.

Isso porque a equipe foi eliminada na primeira fase dos últimos três grandes torneios que disputou: as Eurocopas de 2012 e 2016 e a Copa do Mundo de 2014.

A última boa lembrança remete a 2008, quando o time alcançou as semifinais da Euro e foi eliminado pela Espanha, que seria campeã.

Classifica­da ao Mundial como país-sede, a Rússia fará neste sábado (17), às 12h (de Brasília), contra a Nova Zelândia, seu primeiro jogo valendo alguma coisa desde 20 de junho de 2016, quando perdeu de 3 a 0 para o País de Gales na Eurocopa —no período, só disputou amistosos.

São apenas oito os jogadores remanescen­tes daquela partida. Nem o técnico é o mesmo. Stanislav Cherchesov assumiu em agosto do ano passado o cargo que era de Leonid Slutsky.

Ele, aliás, é o terceiro comandante russo desde a Copa de 2014. Até julho de 2015, o técnico era Fabio Capello.

“Estamos reconstrui­ndo a equipe, com muitos atletas jovens. Este time precisa do apoio dos fãs, ganhar confiança. A experiênci­a de participar de um campeonato oficial será fundamenta­l porque faz tempo que não temos jogos valendo algo”, afirmou Vitaly Mutko, que chefia o comitê organizado­r do Mundial e a federação russa.

Nos dois últimos amistosos preparatór­ios para a Copa das Confederaç­ões, os russos foram bem. Venceram a Hungria por 3 a 0 fora de casa e empataram em 1 a 1 com o Chile, em Moscou. Uma boa evolução para uma equipe que havia sido derrotada em março por 2 a 0 pela Costa do Marfim, em Krasnodar.

“Estes dois jogos serviram para dar confiança, principalm­ente contra o Chile, que é um time forte. Como nossa seleção foi mal nas últimas competiçõe­s, então existe a desconfian­ça dos torcedores”, afirmou o goleiro brasileiro Guilherme Marinato que é naturaliza­do russo desde 2015 e defende a seleção.

Para ganhar a confiança e a simpatia dos torcedores, a seleção realizou na última quarta-feira (14) um treino aberto aos fãs no estádio do CSKA, em Moscou, e atraiu cerca de 3.500 espectador­es. (FÁBIO ALEIXO) NA TV Rússia x Nova Zelândia Band e SporTV

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