Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Rodrigo Pa-
checo (PMDB-MG) diz que não escolherá um parlamentar com acentuado viés governista para relatar a denúncia criminal que a ProcuradoriaGeral da República deve apre- sentar nos próximos dias contra Michel Temer.
“Vamos tratar isso com bastante independência e não vamos aceitar interferência do governo”, afirma.
A comissão é o primeiro passo da tramitação da acusação que, caso seja acatada por pelo menos 342 dos 513 deputados, autorizará o Supremo Tribunal Federal a decidir abrir ou não processo contra o presidente da República, com seu consequente afastamento do cargo.
Apesar de ser do partido de Temer, Pacheco pretende concorrer ao governo de Minas Gerais em 2018 e tem tomado posições no comando da CCJ que conflitam com os interesses do Palácio do Planalto.
Ele diz ainda considerar o “fim da picada” partidos governistas ameaçarem sacar da comissão deputados que manifestem intenção de apoiar a denúncia da Procuradoria.
Caso mantenha a posição, o presidente da CCJ dificilmente escolherá como relator o nome preferido do Planalto, Alceu Moreira (PMDBRS), que já se posicionou contra a denúncia. Governistas trabalham nos bastidores para emplacar Jones Martins (PMDB-RS), hoje suplente na comissão.
Pacheco calcula que a denúncia tramitará por cerca de 20 a 30 dias na CCJ. Após isso, ela segue para a análise definitiva do plenário da Câmara federal. sito de oposição ou ao propósito de base de governo. Evidentemente que será alguém de base do governo ou de oposição, mas com alguma independência que o torne capaz de enxergar o assunto não só sob o prisma político, mas também sob o prisma jurídico. nenhum. Mas não será critério o atendimento de um pedido. Vamos tratar isso com bastante independência e não vamos aceitar interferência do governo.