Registros sobre visitas a Cabral em presídio do Rio têm falhas
Secretaria estadual deu informações erradas sobre pessoas que estiveram com ex-governador
Deputados do PSOL que fazem oposição a ele constam em lista de visitantes; titular da pasta admite erro
Os registros da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio (Seap) sobre visitas feitas ao ex-governador Sérgio Cabral na prisão contêm erros.
Segundo documentos obtidos pela Agência Lupa junto à Seap, via Lei de Acesso à Informação, dois deputados estaduais do PSOL —Marcelo Freixo e Flavio Serafini— teriam estado com Cabral no presídio de Bangu 8.
Freixo teria visitado Cabral, seu opositor político, às 9h25 de 31 de março. Serafini, em 15 de maio, sem hora especificada. Procurados, ambos negam a visita.
O advogado Rodrigo Roca, que atende o ex-governador, preso pela Lava Jato em novembro de 2016, também desconhece que Freixo e Serafini tenham feito essas visitas.
No dia em que, segundo o documento, Freixo teria estado com o ex-governador, ele visitou o Complexo Penitenciário de Gericinó, onde fica Bangu 8 —mas não a unidade em que estava Cabral.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, acompanhou integrantes do Mecanismo Estadual de Combate à Tortura em uma visita a quatro unidades que integram o complexo.
Serafini, por sua vez, afirmou que esteve em Bangu 8, mas para “conversar com o diretor [do local] sobre a situação de um preso com problemas psiquiátricos”.
Diante do conflito de informações, a reportagem procurou a assessoria de imprensa da secretaria e foi informada de que a pasta não comentaria as contestações.
O secretário estadual de Administração Penitenciária, coronel Erir Costa Ribeiro,