Folha de S.Paulo

Alemanha e França veem país ‘sem solução’

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Em análise da correspond­ente Claire Gatinois, com o título “A estrela pálida do Brasil na cena internacio­nal”, o jornal francês “Le Monde” critica a “tentativa vã” de Michel Temer de mostrar, com a viagem a Rússia e Noruega, que “seu país não está paralisado”.

E em entrevista à estatal alemã Deutsche Welle o diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Jan Woischnik, afirmou que, “com ou sem Temer, não há solução à vista para a crise” no país. A fundação é ligada ao partido da chanceler Angela Merkel. Segundo Woischnik, ela visitou Argentina e México e evitou o Brasil, em seu giro recente, porque era “simplesmen­te impossível, devido à situação política”.

Também na quinta, a fundação soltou longo relatório em português com o mesmo teor da entrevista e o enunciado “Sem solução à vista, com ou sem Temer”. O relatório havia sido divulgado uma semana antes, no final do giro de Merkel pela América Latina, mas em alemão.

Sem guerra Em entrevista ao francês “Le Figaro”, ao alemão “Süddeutsch­e” e outros europeus, o novo presidente da França defendeu uma “aliança de confiança” com a Alemanha. E enfatizou ter feito um “aggiorname­nto”, atualizaçã­o, em relação à diplomacia francesa na Síria: “Não declarei que a destituiçã­o de Assad seja condição prévia”. Ele não quer mais “um Estado fracassado... A França errou ao fazer a guerra na Líbia”.

Mais guerra No “Washington Post”, “funcionári­os do governo Trump” dizem que, confirmada a derrota do Estado Islâmico em Raqqa, “o próximo estágio da guerra será uma luta que os levará ao conflito direto com o governo sírio e as forças iranianas que reivindica­m o controle de um vasto deserto no leste do país”.

Já começou Críticos de mídia questionam a cobertura americana sobre a Síria, que publica que os EUA são “sugados para mais guerra” (“Atlantic”) ou “tropeçam numa guerra maior” (“New York Times”), enquanto suas forças derrubam aeronaves sírias e iranianas. E já mataram 300 civis em Raqqa, como afirmou ao mesmo “NYT” o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que chefia comissão da ONU para a Síria.

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» VENDEDOR A agência Associated Press revelou que o correspond­ente Jay Solomon (acima), do ‘Wall Street Journal’, vendia equipament­o de espionagem aos Emirados Árabes Unidos, para usar no Irã, ao mesmo tempo em que cobria a região; em seguida, noticiou...

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