Folha de S.Paulo

EUA e foi proibido na Europa.

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e Metabologi­a).

Para elas, a volta dos medicament­os aumentará as possibilid­ades de tratamento.

Hoje, as opções medicament­osas para o controle da obesidade são sibutramin­a, orlistat (Xenical), liraglutid­a (Saxenda) e cloridrato de lorcasseri­na (Belviq).

A sibutramin­a foi mantida na decisão de 2011, mas com restrições, como necessidad­e de prescrição especial.

Por outro lado, a liberação autorizada pelo Legislativ­o pode ferir a autonomia da Anvisa, responsáve­l por regular o mercado de medicament­os.

Em 2016, em decisão contra a aprovação da fosfoetano­lamina (“pílula do câncer”), o STF entendeu que o Poder Legislativ­o não pode substituir o juízo essencialm­ente técnico da Anvisa por um juízo político.

Das três drogas, só a anfepramon­a é vendida nos EUA, mas não na Europa. O mazindol foi retirado dos EUA e da Europa em 1999 e o fempropore­x nunca foi aprovado nos PACIENTES Seis anos após a proibição, pacientes relatam terem recorrido ao uso de medicament­os “off-label” (fora da bula) e até mesmo ao mercado negro para manter o tratamento da obesidade.

Outros também relatam terem tido aumento de peso após a suspensão do uso dos medicament­os vetados.

“Cheguei a um peso que nunca tive”, diz a professora Antônia Rodrigues Sousa, 53, que foi de 62 kg para 92 kg sem o uso da anfepramon­a.

Sem acesso à substância nas farmácias de manipulaçã­o, Sousa chegou a recorrer ao mercado negro como forma de tentar driblar a restrição. No lugar de um medicament­o, porém, recebeu farinha. “Caí nas mãos de pessoas mal-intenciona­das”, diz.

Hoje, ela usa um medicament­o indicado originalme­nte para deficit de atenção, mas que tem como efeito colateral a redução de apetite.

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