CBF diz que não foi prejudicada por Rosell
ESPANHA
Advogado do ex-presidente do Barça apresenta carta da entidade para pedir sua liberdade
Um documento da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) assinado pelo secretário-geral Walter Feldman foi apresentado pelo advogado de Sandro Rosell nesta quinta-feira (22) à Justiça espanhola na tentativa de conseguir a liberdade provisória do cartola catalão.
Na carta entregue aos representantes da Audiência Nacional da Espanha, Feldman nega que a CBF tenha sido prejudicada pelo ex-presidente do Barcelona e amigo de Ricardo Teixeira, ex-chefe da entidade por mais de duas décadas. A informação foi revelada pelo jornal “Mundo Deportivo”, da Espanha.
À Folha, a CBF confirmou o envio do documento, mas disse que não comentaria o teor da carta enviada aos representantes de Rosell.
O ex-presidente do Barcelona foi preso em maio deste ano em operação denominada Rimet –em alusão à taça Jules Rimet, entregue aos campeões mundiais até 1970 e roubada no Brasil. A operação teve como principal alvo as relações de Rosell com a confederação brasileira.
De acordo com os investigadores, mais de 15 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões) foram divididos pelo catalão e por Teixeira. Os valores teriam sido recebidos de forma ilegal na negociação dos direitos comerciais da seleção brasileira.
A operação é um trabalho do Ministério Público da Espanha em colaboração com autoridades suíças e o FBI.
Além de apresentar o documento assinado por Feldman, o defensor de Rosell pediu a libertação do cartola alegando que não existe risco de fuga. AMIZADE Apontado como sócio oculto de Ricardo Teixeira, o ex-presidente do Barcelona repassou pelo menos R$ 23,8 milhões ao cartola mineiro e seus familiares.
A maior parte do dinheiro foi embolsada pelo brasileiro no final do seu último mandato no comando da CBF, em março de 2012.
O ex-presidente do Barcelona começou sua amizade com Teixeira no final dos anos 1990, quando Rosell se