Folha de S.Paulo

PF nos Estados Unidos, chefiou a diretoria de logística (2009-2011) e foi superinten­dente em Goiás (2007-2009).

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Em reunião de 15 minutos com sindicalis­tas nesta quinta (22), o ministro da Justiça, Torquato Jardim, anunciou que fazem parte de seus planos promover duas mudanças na Polícia Federal: trocar o diretor-geral, que é uma espécie de fiador da Lava Jato, e colocar em outro órgão os funcionári­os que cuidam de funções que não têm relação com a atividade policial, como emissão de passaporte­s e controle de estrangeir­os.

A saída do diretor geral, Leandro Daiello, é vista por seus pares como uma tentativa de interferir na investigaç­ão, o que o ministro nega.

Um dos nomes cotados para assumir o cargo ocupa o segundo posto na hierarquia da PF, o delegado Rogério Galloro, apontado por seus pares como um policial de perfil mais político.

A indicação de Galloro para o cargo foi feita pelo general Sérgio Etchegoyen, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucio­nal da Presidênci­a da República), segundo a Folha apurou.

O general foi o responsáve­l pela indicação do ministro da Justiça e do diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligênc­ia).

Etchegoyen e o ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil de Temer, são apontados como os principais articulado­res da mudança na direção da PF.

Galloro assumiu a segunda posição na hierarquia da PF em junho de 2013 e tem pouca experiênci­a com investigaç­ões. Antes foi adido da MUDANÇAS O anúncio das possíveis mudanças na PF foi feito em encontro realizado entre o ministro da Justiça e o presidente da Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Sandro Avelar, além de outros três sindicalis­tas da federação e o diretor regional da ADPF (Associação dos Delegados da Polícia Federal) em Brasília, Luciano Leiro.

A reunião havia sido marcada para discutir a reforma da Previdênci­a.

A manifestaç­ão do ministro sobre mudanças na PF causou surpresa nos sindicalis­tas. Ele disse que não estava preocupado com a troca do diretor-geral.

“Ao invés de aumentar os quadros, que estão aquém do ideal, o ministro quer tirar atribuiçõe­s da Polícia Fede-

À Folha, a assessoria do ministro disse que tem ótima relação com o diretor-geral da PF, mas não sabe se irá substituí-lo. Ele negou que haja planos de reestrutur­ar a PF. Segundo Jardim, o tema foi tratado de maneira informal na conversa.

O general Etchgoyen nega que tenha feito indicações para substituir o diretor da PF.

O diretor-geral da PF disse em nota de sua assessoria que “é favorável a todo projeto que tenha como objetivo especializ­ar o trabalho de inteligênc­ia e investigaç­ão já desenvolvi­do pelo órgão, e que representa a sua principal atribuição constituci­onal de polícia judiciária da União”.

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Pedro Ladeira - 31.mai.2017/Folhapress O ministro da Justiça, Torquato Jardim, que quer fazer mudanças na Polícia Federal

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