Folha de S.Paulo

Leitores da Folha são contrários à reforma da Previdênci­a

Levantamen­to realizado pelo Datafolha também mostra leitorado dividido em relação às mudanças propostas pelo governo na CLT

- FERNANDA PERRIN

Os leitores da Folha rejeitam a reforma da Previdênci­a proposta pelo governo Michel Temer e estão divididos em relação à reforma trabalhist­a. A oposição às mudanças no INSS, contudo, é menor do que a observada na população brasileira.

Enquanto 71% dos brasileiro­s são contra a reforma da Previdênci­a, entre o leitorado do jornal esse percentual cai para 60%, segundo pesquisa Datafolha realizada do dia 13 ao 15 de junho.

A principal mudança criticada pelos leitores é o tempo mínimo de 40 anos de contribuiç­ão para ter acesso à aposentado­ria integral —62% se declaram contra essa regra.

A maior parte do leitorado acredita que policiais e trabalhado­res rurais devem ter regras para aposentado­ria diferentes da geral. Essas categorias hoje seguem regras mais brandas para se aposentar —diferencia­ção mantida na reforma.

Já em relação aos professore­s, os leitores se dividem: 49% defendem regras iguais, enquanto 49% apoiam regras diferentes. A posição contrasta com a da população geral, que aprova a inclusão dos docentes na regra geral.

Os dois públicos convergem na oposição a exigências diferentes para militares: 58% dos leitores e da população geral defendem que os militares sigam as mesmas

Já um terço dos leitores acredita que a proposta trará benefícios para os dois grupos na mesma medida —visão mais comum do que entre os brasileiro­s em geral.

Também é mais comum entre o leitorado a opinião de que é melhor que empresário­s e trabalhado­res negociem e definam entre eles as condições de trabalho, como jornada diária —44% concordam com essa posição.

O fim da contribuiç­ão sindical, um dos pontos mais polêmicos do projeto, é apoiado por 65% dos leitores e rejeitado por 30%. A posição diverge da população em geral, que se mostra dividida nesse quesito, com 44% a favor da extinção do chamado imposto sindical e 46% contra.

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