Folha de S.Paulo

AUTOR FALA COM LEITORES NA TERÇA (27)

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Folha

A e a Editora Planeta promovem, na terça (27), encontro com Norman Ohler, autor de “High Hitler”. Gratuito e com tradução simultânea do inglês, o evento será no Centro Cultural São Paulo, a partir das 19h30.

“O Pervitin era legal nos anos 1930 por todo o Reich alemão e, mais tarde, nos países ocupados, tornando-se uma ‘droga popular’ disponível em qualquer farmácia; só a partir de 1939 passou a ser vendida mediante receita e finalmente, em 1941, ficou sujeita às determinaç­ões da Lei do Ópio do Reich alemão”, diz o autor.

Detalhe: o componente ativo, a metanfetam­ina, hoje é ilegal ou rigorosame­nte regulament­ado em todo o mundo.

É claro que a droga não foi o único fator. Ohler comenta que tanques franceses e britânicos tinham blindagens mais espessas. Mas eram uma minoria dos tanques em 1940; e a ausência de rádios sem dúvida foi mais importante. MÉDICO O outro tópico trata da elite do partido nazista. O médico Theodor Morell ingressou no grupo e após “se registrar como membro do partido, o consultóri­o de Morell logo passou a funcionar melhor do que nunca”. Virou médico pessoal de Hitler, a quem dosaria com coquetéis de drogas.

Isso influencio­u a guerra? Ohler afirma que sim, mas historiado­res críticos do seu livro, como o britânico Richard Evans, consideram a obra mais romance do que história.

Para Evans, “a habilidade de Ohler como romancista torna seu livro muito mais legível do que essas pesquisas acadêmicas, mas é à custa da verdade e precisão, e esse é um preço muito alto para pagar em uma área sensível”. AUTOR Norman Ohler TRADUÇÃO Silvia Bittencour­t EDITORA Planeta (selo Crítica) QUANTO R$ 45,50 (384 págs.)

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