Trump está entre ‘subjugação’ e ‘vara pequena’ na AL
Em editorial nesta segunda, o “Financial Times” ironiza que “o latido de Trump é pior que sua mordida na América Latina”, que ele “fala alto e leva uma vara pequena” (small stick). Cita Cuba, onde ele anunciou o fim da distensão de Obama, “mas as embaixadas continuarão abertas e os cruzeiros e aviões manterão seus negócios”.
Ernesto Londoño, ex-editorialista para América Latina e novo correspondente do “New York Times” no Brasil, não viu assim as “limitações para viagem e negócios”. Avalia que Trump “reformula mais uma vez o relacionamento entre os vizinhos como um de subjugação” —e relata historicamente como Guantánamo, em Cuba, foi ocupada e é mantida pelos militares americanos.
Ouve e questiona o chefe do Comando Sul dos EUA, almirante Kurt Tidd, que justifica a base no país dizendo que é para cuidar de imigrantes. Londoño diz que havia 28 cubanos esperando para ir a outros países, não EUA, quando esteve em Guantánamo. E que “o Pentágono embarcou numa farra de construção na base”, de um quarto de bilhão de dólares.
O “NYT” noticiou no mesmo dia que a Guiana “emitiu sua primeira licença de petróleo para a ExxonMobil”. A petroleira americana fez descobertas “significativas” na costa do Atlântico.
Angola na mira “NYT”, “Wall Street Journal” e “Washington Post” acordaram ao mesmo tempo para a corrupção em Angola. O “WP” deu entrevista com o favorito às eleições de agosto, João Lourenço, que esteve em Washington —assinou “memorando de entendimento com o Pentágono para futuras compras de equipamento militar” e foi saudado pelo secretário de Defesa, general Jim Mattis, como um “parceiro estratégico”. Ele “prometeu lutar contra a corrupção e acolher bem o investimento externo”, mas “enfrenta ceticismo nos EUA”.
E Moçambique O “WSJ” também tratou no fim de semana da corrupção em outro parceiro brasileiro na África, Moçambique —com base em relatório da empresa de investigação privada Kroll, “paga pela embaixada da Suécia” no país. A Kroll diz que seus “auditores não receberam explicações razoáveis sobre como o dinheiro foi gasto”. O FMI, em seguida, suspendeu um empréstimo ao país.
Sanders na mira O noticiário começou pelo pequeno site “VTDigger”, de Vermont, e avançou para “Politico” e a rede CBS: Foi aberta uma investigação federal contra a mulher do senador Bernie Sanders, por empréstimos supostamente fraudados —e talvez obtidos com influência dele. O “Politico” fala em “história estranha” e sublinha que é “investigação do Departamento de Justiça de Trump”, presidente que vai indicar também o procurador do caso.