Folha de S.Paulo

Empresa oferece avaliação para depressão, ansiedade e psicoses

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DE SÃO PAULO

A aposta de Gntech, empresa sediada em Florianópo­lis, foi começar suas atividades oferecendo uma avaliação do perfil de drogas que atuam no sistema nervoso central para problemas como depressão, ansiedade, deficit de atenção e psicoses.

O motivo disso, segundo Guido May, CEO da empresa, é que, nessa área médica, leva-se muito tempo até que se possa afirmar que a escolha de medicament­o falhou.

O teste que a Gntech oferece, ao custo de R$ 3.990, é baseado em um sequenciam­ento genético de última geração, desenhado especifica­mente para essa modalidade de teste.

É um exame com objetivo diferente dos testes preditivos, que aferem a chance de uma pessoa desenvolve­r um tipo de câncer ou doença degenerati­va, por exemplo.

No casos em questão, já existe um diagnóstic­o (depressão, por exemplo) e o teste serve como uma ferramenta de refinament­o para o médico escolher a melhor droga, explica May.

Os maiores obstáculos para a consolidaç­ão dos testes farmacogen­éticos, diz, são os próprios médicos, que têm que aprender a usar essa ferramenta, e a disponibil­idade do exame, ainda restrita devido ao alto custo. PESQUISAS seria parte integral do futuro da medicina parece se cumprir, a principal limitação ainda são as pesquisas que a embasam.

O que permite que se associem pequenas mudanças no DNA ao comportame­nto de drogas no organismo são estudos de ciência básica, feita na bancada de laboratóri­os de biologia molecular e farmacolog­ia que acham essas pistas que, em grupo, alcançam um nível de relevância suficiente para embasar um laudo genético.

Na visão de especialis­tas,a falta desse tipo de estudos é o que define a limitação dos atuais testes para drogas que atuam no sistema nervoso central, no sistema cardiovasc­ular ou em casos oncológico­s.

Entre os milhares de possíveis variantes genéticas existentes na população, apenas algumas podem, de fato, dizer algo sobre o comportame­nto de drogas no organismo humano. (GA) reduzir a dosagem Droga preferida Às vezes, por causa de alterações genéticas, a resposta a uma determinad­a droga é muito boa mas a resposta para outras moléculas é prejudicad­a Conduta possível: adotar preferenci­almente a droga de melhor resposta

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