Em Glastonbury, Radiohead toca sete músicas do clássico disco
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Radiohead usou o gigantesco Glastonbury para celebrar ao vivo os 20 anos de “OK Computer”. Na sexta-feira (23) à noite, a banda fechou o palco principal deste que é um dos principais festivais de música do planeta —e que de certa forma é a cara da banda de Thom Yorke.
Diferentemente de outras iniciativas de mesmo porte, o evento inglês não foi tomado por patrocinadores corporativos e ainda conserva o espírito hippie de quando foi criado, em 1970. Ou seja: o Glastonbury é pop, mas independente e único.
No festival, o Radiohead tocou sete das 12 faixas do disco que completa duas décadas de vida. Em duas horas de apresentação, transmitida ao vivo pela BBC e que já pode ser vista no YouTube (youtu.be/of7sZNjeKgk), a banda liderada por Yorke escolheu “Lucky”, “Airbag”, “Exit Music (For a Film)”, “Let Down”, “No Surprises”, “Paranoid Android” e “Karma Police” (esta fechando o show).
Cada um dos nove discos do Radiohead teve pelo menos uma música tocada no palco —teve espaço até para “Creep”, hit lançado em 1992 que fez a banda ficar conhecida mundialmente (e que passou anos sem ser apresentada ao vivo).
Apesar do clima de comemoração, o Radiohead não fez no Glastonbury um show previsível ou nostálgico. A banda dedicou bom tempo para várias músicas de “A Moon Shaped Pool”, o mais recente álbum da banda, lançado em maio de 2016.
Incluiu ainda faixas que estão entre as mais experimentais da carreira, como “15 Step” e “Myxomatosis”.
E é ao vivo que percebemos uma das principais qualidades da banda: a de conseguir transportar para o palco toda a complexidade que as músicas ganharam em estúdio, e com ainda mais intensidade. É o caso de “Idioteque”, em versão frenética, “Airbag”, “Everything in It’s Right Place” e “Pyramid Song”. E o encerramento, com “Karma Police”, foi de emocionar. (TN)