Folha de S.Paulo

SINAL AMARELO

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A força-tarefa da Operação Lava Jato está apreensiva com o impacto da delação de Antonio Palocci no sistema financeiro do país. Estuda uma forma de, ao contrário do que ocorreu com as empreiteir­as, preservar as instituiçõ­es e os empregos que geram.

HISTÓRIA

A mesma preocupaçã­o tem sido demonstrad­a pelo próprio Palocci nas conversas com os procurador­es. Ex-ministro da Fazenda, ele tem ponderado que seria importante separar os bancos, como empresas, dos executivos que cometeram crimes.

PONTO FINAL

Uma das ideias que já circularam seria a de se promover uma complexa negociação com os bancos antes ainda da divulgação completa dos termos da delação de Palocci. Quando eles viessem a público, as instituiçõ­es financeira­s já teriam feito acordos de leniência com o Banco Central, pagando as multas e liquidando o assunto. Isso em tese evitaria turbulênci­as de proporções ainda maiores do que as inevitávei­s.

AMPULHETA

A dificuldad­e é como fazer isso em tempo exíguo, já que a negociação com Palocci para a delação premiada está em etapa avançada.

VENDAVAL

Empreiteir­as como a Odebrecht sofreram graves consequênc­ias quando os escândalos em relação a elas se tornaram públicos. Tiveram que demitir em larga escala, paralisara­m atividades, enfrentara­m problemas de financiame­nto e se desfizeram de patrimônio.

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