Folha de S.Paulo

Ra não ser comparado ao procurador-geral, a quem acusa de agir com pressa.

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curadores votaram, 85% do total. Cada votante podia escolher até três nomes —por isso a soma dos votos ultrapassa o número de eleitores. Houve ainda 605 votos em branco (18%).

Temer já disse a assessores e auxiliares que não nomeará o primeiro da lista tríplice. Além de Dino ser próximo de Janot, ele é irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), que faz oposição à gestão federal. MULHER Em conversas reservadas, no entanto, o presidente disse que escolherá um nome da lista. Aliados têm afirmado que seu favorito é Bonsaglia, visto como moderado e aberto ao diálogo. Mas que, com Dino em primeiro, o presidente poderá optar por Raquel, que faz oposição a Janot.

A avaliação é de que seria mais fácil justificar a escolha dela, sem respeitar a ordem da lista, com o argumento de que optou por fazer uma indicação histórica ao nomear a primeira mulher procurador­a-geral da República.

No Planalto, há auxiliares de Temer que defendem uma indicação breve, já em julho, qualifican­do uma voz dissonante da de Janot, mas também há quem avalie que o presidente não deva fazer a escolha “no afogadilho”, pa- PERFIS Dino notabilizo­u-se como vice-procurador-geral eleitoral ao ter pedido a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob acusação de abuso de poder político e econômico na eleição de 2014. Por 4 votos a 3, o TSE absolveu a chapa.

Natural do Maranhão, Dino ingressou no MPF (Ministério Público Federal) em 1991, já foi conselheir­o do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) e coordenou a Câmara de Combate à Corrupção.

A segunda da lista, Raquel Dodge, ingressou no MPF em 1987, atua no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na área criminal e já coordenou a Câmara Criminal. Ela ficou conhecida por conduzir a Operação Caixa de Pandora, em 2009, que revelou o chamado mensalão do DEM.

Bonsaglia, o terceiro da lista, é de São Paulo, ingressou no MPF em 1991 e atua no STJ na área criminal e de direito público. Coordenou, até o ano passado, a Câmara de Coordenaçã­o e Revisão, que trata do sistema prisional e do controle externo da atividade policial.

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