Folha de S.Paulo

Rei do mamão, participou até de novela em MG

- PATRÍCIO QUILLES (1928-2017) THIAGO AMÂNCIO PAULINA WAISSMAN TAFLA - LOURDES DE AZEVEDO SOARES - Nesta quarta (28), às 12h30, na Capela S. Pedro S. Paulo, r. Padre José Griecco, 111, Cidade Jardim.

Não importava se fazia chuva, sol, frio ou calor: todo dia antes de o sol raiar estava lá Patrício Quilles a montar sua barraca em Poços de Caldas (MG), com a faixa pendurada, para que ninguém o confundiss­e com outros feirantes, que dizia: “Rei do Mamão”.

A relação com a fruta vinha da cidade natal. Patrício nasceu na zona rural de Monte Alto (SP), outrora conhecida como a capital do mamão.

De pais espanhóis, viveu por muito tempo no sítio da família, onde se plantava de tudo, mas, principalm­ente, o mamão, que girou a economia da cidade por anos.

Foi na fazenda que casouse com Maria Martinta e teve dois filhos. Viu a produção cair nos anos 1960: era o começo do declínio da fruta na região, acometida pela praga do mosaico do mamoeiro. Vendeu as três roças que tinha e foi viver na cidade.

Em 1981, o filho João Izildo trabalhava no Ceasa de Poços de Caldas, cidade mineira na divisa com São Paulo, e Patrício foi tentar a sorte lá.

Deu certo: montou uma barraca e logo se tornou liderança entre os feirantes locais. Foi em 1984 que recebeu o título de “Rei do Mamão” de uma rádio local e não o largou mais —candidatou-se a vereador com a alcunha em 2008.

Personalid­ade local, participou da novela “Livre para Voar”, exibida pela TV Globo nos anos 1980 e ambientada na cidade mineira que Patrício tanto gostava, segundo conta sua filha, Izilda.

Bateu ponto na feira até dois anos atrás, quando, aos 87, precisou se afastar por problemas no coração. Morreu no último dia 14, aos 89. Deixa a mulher, dois filhos, seis netos e três bisnetos. coluna.obituario@grupofolha.com.br

Aos 74, viúva. Deixa os filhos Alberto, Claudio e Sidney e netos. Cemitério Israelita do Butantã, av. Eng. Heitor Antonio Eiras Garcia, 5.530, Butantã. VOCÊ DEVE PROCURAR O SERVIÇO

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