Folha de S.Paulo

TRUMP E PUTIN VÃO SE REUNIR PELA 1ª VEZ

- ISABEL FLECK

A Câmara dos EUA aprovou nesta quinta (29) dois projetos de lei que apertam o cerco contra imigrantes ilegais, aumentando a pena para os deportados que retornarem ao país e penalizand­o as chamadas “cidades santuário”, que se recusam a aplicar leis federais de imigração.

Os dois textos, apoiados por Donald Trump, ainda precisam ser aprovados pelo Senado, mas o presidente, que vinha pressionan­do abertament­e os parlamenta­res desde o início da semana, comemorou a notícia, que, afirma, “colocará a segurança das famílias americanas em primeiro lugar” e “salvará vidas”.

Na quarta (28), o presidente recebera no Salão Oval familiares de vítimas de crimes cometidos por imigrantes irregulare­s e defendido, diante das câmeras, o aumento da pena para os autores, algo que já fizera na campanha.

“Todos os anos, inúmeros americanos são atacados e mortos por imigrantes ilegais que já foram deportados várias vezes. É hora de essas tragédias acabarem”, disse Trump após a aprovação.

Levantamen­to feito pelo A Casa Branca e o Kremlin anunciaram nesta quintafeir­a (29) que os presidente­sDonaldTru­mp,dosEstados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, vão se reunir pela primeira vez. O encontro acontecerá nos bastidores da cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha, nos dias 7 e 8 de julho.

think tank liberal Instituto Cato e divulgado em março, no entanto, mostra que, proporcion­almente à sua parte na população, imigrantes — inclusive em situação irregular— estão menos propensos a cometerem crimes e serem presos do que americanos.

Segundo o levantamen­to, enquanto os imigrantes ilegais representa­m 9% da população, eles são 5,6% da população carcerária. Já cidadãos nascidos nos EUA são 82,4% da população e 91,5% dos que cumprem pena.

O projeto que aumenta a pena para os deportados que voltarem ao país foi batizado de “Kate’s Law”, em homenagem à jovem Kathryn Steinle, que foi assassinad­a em 2015, em São Francisco, na Califórnia, por um imigrante mexicano que já havia sido deportado cinco vezes.

O texto, que passou com o apoio de 24 deputados democratas e só um voto republican­o contrário, prevê prisão de até dez anos para quem tiver sido deportado três vezes ou mais e for pego novamente nos EUA ou tentando entrar no país.

Imigrantes que foram deportados e depois cometeram

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