Metroviários decidem não aderir a paralisação hoje contra reformas
Ônibus e CPTM também não devem parar; rodízio está mantido
Os metroviários de São Paulo decidiram não fazer greve nesta sexta-feira (30). A decisão foi tomada na noite desta quinta (29) em assembleia. Antes, a categoria tinha um indicativo contra as reformas trabalhistas e da Previdência do governo federal.
O secretário-geral da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes, disse que o objetivo da decisão é “guardar esforços para os dias às vésperas da votação das reformas trabalhista e previdenciária” no Congresso.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da CPTM e os motoristas de ônibus também não aderiram à paralisação. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) já tinha informado, mais cedo, que o rodízio municipal de veículos será mantido.
Antes mesmo da assembleia dos metroviários, o Tribunal Regional do Trabalho chegou a determinar que, em caso de greve, a categoria deveria manter 80% dos trabalhadores no horário de pico. Outra decisão da Justiça estipulou em R$ 1 milhão a multa em caso de paralisação.
O metrô paulista tem cerca de 9.200 funcionários, sendo que dois terços deles estão diretamente envolvidos na operação dos trens e estações.
Os metroviários já realizaram duas paralisações em 2017: uma no dia 15 de março e outra em 28 de abril. Em ambas, o movimento foi realizado como forma de apoio à greve geral convocada por centrais e movimentos sociais contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas.
Já os professores estaduais e municipais de São Paulo devem aderir à paralisação desta sexta, apesar de parte dos alunos já não estar frequentando as aulas devido ao final do semestre letivo. TATI BERNARDI A colunista está em férias