Secretaria diz que dependente agrediu a PM
vez. Fui para a cracolândia”, conta. “Me entreguei total, passei quase dois meses lá, todos os dias, toda hora.”
Em junho, buscou ajuda no Cratod, o centro de referência de drogas do governo do Estado. Ficou acertado que ele seria levado a uma comunidade terapêutica no dia 16.
Às 7h30, ele se reportou. Consta em sua ficha que ele se apresentou, mas evadiu antes de ser levado à comunidade terapêutica. “Estavam demorando muito, eu tinha passado a noite sem dormir e estava com muita vontade de usar droga”, diz. Voltou para a cracolândia, onde, no dia seguinte, seria ferido no olho.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, não houve demora, e Heitor saiu do local às 11h, uma hora antes do horário previsto para a saída. DIÁLOGO E FORÇA
DE SÃO PAULO
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que Heitor Mira Fonseca agrediu a Polícia Militar na ação em que ele teve o globo ocular do olho esquerdo destruído.
De acordo com a pasta, naquele dia uma equipe do patrulhamento da PM foi atacada ao tentar abordar suspeitos de tráfico perto da praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo. Um soldado ficou ferido.
“O Comando de Choque foi acionado para reforçar o patrulhamento da região com uso de técnicas de controle de distúrbios civis (CDC) e o trânsito foi alterado no entorno da praça. A situação foi controlada e o caso registrado pela Polícia Civil”, diz a nota.
“Um dos agressores da PM foi identificado como sendo Heitor Mira de Oliveira Fonseca, que foi ferido no olho esquerdo e socorrido para o Pronto-Socorro da Santa Casa”, completa o comunicado.
A secretaria afirma ainda que o caso foi encaminhado ao 3º DP (Campos Elíseos) e que foram solicitados exames de corpo de delito aos envolvidos na ocorrência.
A pasta não respondeu se ele de fato ficou algemado por ao menos dois dias na maca do hospital nem deu justificativas para tanto. A Santa Casa também não se pronunciou sobre esse fato. SAÚDE