Dorival Júnior será o substituto de Ceni no São Paulo
BRASILEIRO
Ex-treinador do Santos chega ao Morumbi com prestígio, mas não dirige o time no clássico contra sua antiga equipe
Caberá a Dorival Júnior a tarefa de substituir o ídolo Rogério Ceni como técnico do São Paulo. O clube anunciou sua contratação nesta quarta (5). Excluindo interinos, Dorival será o quinto treinador a trabalhar no clube na gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
“Dorival Júnior chega respaldado pela competência de seus últimos trabalhos. Temos convicção de que terá sucesso”, afirmou o presidente.
O contrato do treinador tem previsão de duração até dezembro de 2018.
Dorival será apresentado na segunda-feira (10) e não vai dirigir a equipe no clássico deste domingo (9) justamente contra o Santos, sua ex-equipe, na Vila Belmiro. O time ficará sob orientação do auxiliar Pintado.
No Morumbi, Dorival encontra um time cuja preocupação inicial é se distanciar da zona de rebaixamento.
Desde a demissão de Ceni, o nome do técnico surgiu como o principal candidato.
Dorival nunca repetiu em outros clubes o mesmo sucesso que teve no Santos.
A fama de treinador que gosta de posse de bola, do jogo ofensivo e é capaz de tirar o melhor de elencos sem grandes jogadores foi construída na Vila Belmiro.
Longe da Baixada, fez parte da campanha de rebaixamento do Vasco em 2013 para a Série B. Assumiu o Fluminense no mesmo ano, também ameaçado e não conseguiu evitar a degola em campo. O time só foi salvo pela escalação irregular de Héverton pela Portuguesa.
Na temporada seguinte, teve campanha ruim com o Palmeiras, que se manteve na Série A só na última rodada.
Por causa dos dois trabalhos realizados na Vila Belmiro, ganhou moral como defensor do futebol ofensivo.
Quando assumiu pela primeira vez o Santos, se tornou um técnico cobiçado graças à geração de Neymar, campeã paulista e da Copa do Brasil. Montou a base campeã da Libertadores em 2011.
A segunda passagem pelo clube foi vencedora por algo que vai além do título paulista de 2016. Ele conseguiu manter a equipe entre as principais do país apesar das restrições orçamentárias.
Seu trabalho foi minado por se manter fiel a seus auxiliares. Contestou a demissão do gerente administrativo Sergio Dimas, o que irritou o presidente Modesto Roma Júnior. Seu assistente técnico e filho, Lucas Silvestre, entrou em conflito com integrantes do elenco que não aceitavam sua autoridade.
Como nome de consenso no Morumbi, o novo treinador vai encontrar tempo para trabalhar, apesar da situação difícil. Na teoria, chega para dar ao São Paulo o que faltou com Ceni. O time que iniciou o ano se pretendendo ofensivo tem o quarto pior ataque do Brasileiro.