Folha de S.Paulo

Sem verba e a um mês de seletiva, basquete atrasa definição de técnico

Seleção feminina, ainda sem treinador, terá classifica­tório para Mundial em agosto Feminino Masculino

- GIANCARLO GIAMPIETRO PAULO ROBERTO CONDE

COMANDO

Livre da suspensão imposta pela Fiba (federação internacio­nal) desde junho, a CBB (Confederaç­ão Brasileira de Basquete) encontra-se no limite para definir as comissões técnicas de suas seleções às vésperas de importante­s campeonato­s.

A um mês do início da Copa América feminina, em Buenos Aires, a seleção ainda não tem técnico definido.

O torneio será realizado de 7 a 13 de agosto e classifica as três primeiras colocadas para a Copa do Mundo da Espanha, em setembro de 2018.

O Brasil terá pela frente rivais difíceis pela vaga, como Canadá, Cuba e Argentina. Na última edição, em 2015, a seleção foi apenas a quarta colocada, atrás exatamente destas rivais, na sequência.

A CBB pretende anunciar o novo técnico para a equipe no máximo até sexta-feira (7).

Dois nomes envolvidos no processo seletivo são o extreinado­r Antônio Carlos Barbosa, 72, e o ex-pivô Marquinhos Abdalla. Os dois fazem parte de um comitê informal que trabalha na estruturaç­ão do departamen­to técnico.

“Esperamos fazer o anúncio do técnico do feminino ‘ontem’”, disse Abdalla.

Barbosa comandou a seleção nos Jogos Olímpicos do Rio e teve outras duas passagens pelo time —entre 1976 e 1984 e de 1996 a 2007.

À Folha, ele afirmou que não trabalhari­a mais em quadra com a equipe. “Prestei um socorro na última Olimpíada, mas agora já passou.”

O mais provável é que seja recrutado um treinador nacional, porque a confederaç­ão não tem caixa para tentar contratar um estrangeir­o.

Antônio Carlos Vendramini desponta como um nome interessan­te para a confederaç­ão pela experiênci­a e por já ter treinado a equipe nacional.

Desde março, a CBB é presidida por Guy Peixoto. Ele entrou no lugar de Carlos Nunes, que entre 2009 e 2016 fez as dívidas da entidade chegarem perto de R$ 20 milhões.

A má gestão de Nunes fez com que a confederaç­ão perdesse seu principal patrocinad­or, o Bradesco, e recebesse suspensão da Fiba —o que também levou o Comitê Olímpico do Brasil a suspender repasse de verba da Lei Piva prevista para esta temporada.

“Não temos praticamen­te nenhuma verba. A montagem das comissões técnicas ficou complicada”, disse Abdalla.

A definição do técnico da seleção masculina é menos urgente que a das mulheres, mas nem por isso deixa de ser preocupaçã­o para a CBB.

A equipe disputará a primeira fase da Copa América de entre 25 e 27 de agosto em Medellín, na Colômbia.

Diferentem­ente do feminino, porém, a competição não vai classifica­r para a Copa do Mundo de 2019, na China.

A entidade planeja fazer o anúncio na próxima semana, mas não chegou a consenso em relação a uma indicação.

A Folha apurou que o exjogador Marcel está entre os cotados por ser próximo ao presidente Peixoto e representa­r opção pouco custosa.

Ele tem experiênci­a na direção de clubes. Comandou o Pinheiros, por exemplo. Outro cogitado é Guerrinha. Torneio leva as três primeiras colocadas para a Copa do Mundo de 2018, na Espanha. Brasil corre por fora na disputa direta com Canadá, Cuba e a Argentina Competição reúne principais equipes do continente. Brasil está no grupo com Porto Rico, México, e Colômbia. Se não classifica para a Copa do Mundo de 2019, na China, evento afeta classifica­ção para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020

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Danilo Verpa - 26.jul.2016/Folhapres COPA AMÉRICA 7A13DEAGOS­TO BUENOS AIRES (ARG) COPA AMÉRICA 25 A 27 DE AGOSTO MEDELLÍN (COL) O ex-técnico da seleção brasileira feminina Antônio Carlos Barbosa, que atua na CBB

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