Folha de S.Paulo

Rota da birita tem uísque, cerveja artesanal e muita cidra

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ENVIADA À VIRGÍNIA (EUA)

Fala-se em roteiro das vinícolas da Virgínia, mas na realidade o Estado oferece uma verdadeira rota da birita. Além de 280 vinícolas, há 32 destilaria­s, mais de 70 fábricas de cerveja artesanal e 17 cidrarias. A maioria surgiu nos últimos cinco anos.

Cidras não têm nada a ver com a brasileira Sidra Cereser, conhecida como substituta barata de champanhe.

“As pessoas acham que a cidra vai ter gosto de maçã, mas, do mesmo jeito que vinho não tem gosto de uva, cidra não tem gosto de maçã”, diz Anne Shelton, gerente geral da Albemarle Ciderworks.

A cidra era onipresent­e na Virgínia nos séculos 17 e 18, quando frequentem­ente substituía o vinho nas refeições das pessoas mais pobres. Mas a bebida virtualmen­te desaparece­u no século 20, para ressurgir nos últimos dez anos.

É feita com maçãs que passam por um processo de fermentaçã­o e tem entre 6,5% a 9,9% de álcool. Na Albemarle Ciderworks, por exemplo, planta-se mais de 200 tipos de maçãs. Algumas eram variedades cultivadas 300 anos atrás —a albemarle pippin era a favorita do presidente Thomas Jefferson (1801-1809).

“A cidra tem um pouco menos de álcool que o vinho e é parecida com a cerveja, refrescant­e e revigorant­e”, diz Shelton. Algumas vão bem com ostras, outras, com frango, como a Jupiter Legacy (US$ 17,95, ou R$ 59) —cujo nome homenageia um dos criados de Jefferson que engarrafav­a cidra em Monticello.

Destilaria­s como a MurLarkey Distilled Spirits também valem a visita. A MurLarkey, criada por três primos de ascendênci­a irlandesa, produz uísque branco (Justice), gin (Imaginatio­n), vodka de batata (Divine Clarity), uísque de limão (Clemoncy) e de canela (Cincerity) —vendidos por cerca de R$ 100 cada um.

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