GRUNGE 199
Pela primeira vez fora de Seattle, exposição no Rio reúne 199 itens para lembrar o sucesso do Nirvana; mostra chega a São Paulo em setembro
DO RIO
Houve um momento, na primeira metade da década de 1990, em que o grunge de Seattle deixou suas raízes underground e se tornou o som dominante na cultura jovem. O Nirvana, um dos motores desse fenômeno, virou a maior banda do mundo.
Como isso aconteceu é o que a exposição “Nirvana: Taking Punk to the Masses” (levando o punk para as massas) se propõe a contar.
Criada pelo Museu de Cultura Pop de Seattle, ela deixou os Estados Unidos pela primeira vez e veio ao Brasil, onde está em cartaz no Museu Histórico Nacional, no Rio, até 22 de agosto.
Orçada em R$ 4,9 milhões e bancada pela Samsung por meio da Lei Rouanet, seguirá para o Lounge Bienal, no parque Ibirapuera, em São Paulo, em setembro, onde ficará até dezembro.
Os brasileiros podem ver fotos, roupas e instrumentos musicais, além de itens curiosos, como o primeiro contrato do Nirvana, com a gravadora Sub Pop Records, e uma cópia da célebre foto do bebê nadando nu numa piscina, que entraria na capa do disco “Nevermind” (1991).
Enviada para aprovação da banda, ela traz nas margens duas anotações do diretor de arte Robert Fisher: “Se alguém tiver algum problema com o pinto dele, podemos removê-lo” (não foi necessário) e “podemos tirar o chão da piscina e deixar apenas água azul” (o que foi feito).
Por mais que sua proposta seja abrangente, a mostra inevitavelmente dá destaque a Kurt Cobain, a mente criativa por trás de tudo.
Entre os objetos ligados ao músico estão a primeira guitarra que ele quebrou, um cartaz que criou para um show da banda em 1988 —o primeiro com o nome Nirvana— e um desenho feito em sua época de estudante.