Médico e político, defendia o municipalismo
DE SÃO PAULO
“Tudo acontece no município”, dizia Celso Antonio Giglio: o político, prefeito por duas vezes de Osasco (SP), defendia que as cidades tivessem mais autonomia em relação a instâncias superiores da administração pública.
Com esse espírito, criou nos anos 1990 o movimento “União pelo Município” e liderou a “marcha dos prefeitos a Brasília”, que levou milhares de administradores à capital federal entre 1997 e 1998.
Nascido em Campinas, Giglio conheceu a política em casa —o pai, também Antonio, foi prefeito de Viradouro (SP) por três mandatos.
Antes de entrar na vida pública, formou-se médico na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro e se mudou para Osasco na década de 1960, para trabalhar como médico da prefeitura. Em 1977, assumiu a secretaria de Saúde do município.
O primeiro cargo eletivo foi o de vereador, em 1988. Elegeu-se deputado estadual dois anos depois e, em 1992, foi eleito, em primeiro turno, prefeito de Osasco —voltaria a comandar a cidade em 2001.
Com as contas de 2004 da prefeitura rejeitadas pela Câmara, teve a candidatura a prefeito de Osasco impugnada em 2012, e em 2016, por ser considerado ficha-suja —ele conseguiu se eleger deputado estadual em 2014 pelo PSDB com uma liminar para suspender a rejeição das contas.
Giglio, que cumpria o quarto mandato na Alesp (Assembleia Legislativa de SP), morreu na terça (11), aos 76, deixando cinco filhos e netos.
O presidente da Alesp, Cauê Macris, chamou-o de “exemplo de homem público dedicado a servir, a liderar as boas causas em prol daqueles que mais precisam”. coluna.obituario@grupofolha.com.br 7º DIA
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